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Esportes

Do ‘terrão’ surgiu a quadra de basquete onde o professor Hugo já ‘formou’ mais de 500 alunos

Basquete já ajudou a transformar vidas e formar novos jogadores
Fábio Oruê -
projeto basquete
Projeto Porãbask (Fotos: Arquivo Pessoal)

Somente com um gramado e a iniciativa do , o professor de educação física Hugo da Costa, de 54 anos, fundou o Projeto Porãbask e já ‘formou’ mais de 500 jogadores de basquete em mais de 17 anos, em .

A história do projeto começou em 2004, quando Hugo foi lecionar na Escola Municipal Ivone e, sem o mínimo de estrutura e com poucos recursos, teve que usar a criatividade para ‘fazer acontecer’.

“Em frente à escola tinha um terreno baldio onde a gente fazia a educação física e surgiu a oportunidade de fazer basquete. Lá a gente já jogava futebol e improvisou uma quadra de basquete. Era um gramado que de tanto a gente usar virou um terrão”, relembra Hugo em entrevista ao Jornal Midiamax.

projeto basquete
Basquete começou no terrão (Foto: Arquivo Pessoal)

Vendo o entusiasmo dos alunos, o professor pegou uma porta da escola, já sem uso, cerrou no meio e criou as tabelas para a prática do esporte. Os aros foram comprados com o seu próprio dinheiro e as bolas ele pediu aos amigos que praticavam a modalidade.

“Professor de educação física sofre muito. Ou você espera melhorar e cair do céu ou você tira do bolso para comprar materiais e uniformes. Muitas coisas eu tive que tirar do bolso para fazer esse time”, conta ele.

Porãbask

Rapidamente, a quadra deixou de ser apenas um espaço da educação física da escola e virou um clube de basquete. Em 2008, os meninos do Terrão — como ficaram conhecidos por conta do piso da quadra — conquistaram o vice-campeonato nos municipais.

Daí em diante foram inúmeros títulos do Porãbask nos jogos escolares municipais, nos campeonatos estaduais de Mato Grosso do Sul e no campeonato brasileiro escolar, na categoria 3×3.

Desde a criação, já são 8 títulos nos Jogos Escolares da Juventude Estaduais na categoria Sub-14 e 8 no Sub-17. Além disso, em âmbito nacional também há um título em cada uma dessas categorias. Segundo Hugo, são mais de 50 títulos tanto juvenis quanto nas categorias adultas.

projeto basquete
Time conquistou vários campeonatos (Foto: Arquivo Pessoal)

Quadra de basquete

O ex-jogador Oscar Schmidt tomou conhecimento do time e viabilizou a construção de um ginásio, no local onde era o terrão. O espaço inaugurado em 2009 foi batizado de Ginásio Oscar Schmidt, o mais estruturado de Ponta Porã.

Oscar tornou-se padrinho dos garotos do Terrão. Além dos triunfos em quadra, a iniciativa do professor Hugo se traduz em mais de 500 crianças e adolescentes inseridas no esporte.

A meta do Porãbask é expandir o clube por todos os bairros da cidade e o desafio da vez, nas quadras, é o campeonato brasileiro 3×3, que acontecerá em Maricá (RJ), entre os dias 14 e 18 de abril.

“O projeto nasceu na periferia de Ponta Porã, em um bairro bastante carente. Resgatamos muitas crianças e adolescentes que estavam indisciplinados e se envolvendo com drogas. Demos uma perspectiva de futuro, mostramos que através do esporte e do estudo poderiam melhorar as suas vidas e, por meio do basquete, teriam a chance de viajar e de conhecer culturas”, avalia Hugo.

Integrante do Porãbask, Paulo Pinheiro, é um dos que foi ajudado pelo esporte. “Ajudou em minha vida de muitas formas. O basquete me deu a oportunidade de estudar em uma escola particular com bolsa e a chance de conhecer vários estados e cidades”. Paulo sonha em ser jogador profissional e na já tem o curso escolhido: Educação Física.

projeto basquete
Quadra ajudou a alavancar o projeto (Foto: Arquivo Pessoal)

Futuro

Muitos alunos do Porãbask, que antes eram jogadores, hoje fazem parte da diretoria do projeto. Grande parte seguiu no caminho do esporte, tentando a carreira no basquete, e outros viraram educadores físicos.

“A gente vai continuar lutando, não é fácil, mas a gente precisa melhorar isso. Precisamos olhar com mais carinho para o esporte dentro da escola. Isso vai ajudar a gente a tirar muitas crianças da rua”, opina o professor, que garantiu que vai manter o projeto vivo enquanto puder.

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