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Esportes

Para competir em Mundial na Europa, Marcos precisa arrecadar R$ 13,5 mil

Mundial acontece na Itália e vaga foi conquistada com muito suor
Fábio Oruê -
mundial kickboxing atleta de ms

Sem apoio do poder público ou patrocínios, o atleta Marcos Coltro Júnior, de 18 anos, precisa arrecadar R$ 13,5 mil para conseguir custear sua ida até a e competir no Campeonato Mundial de Kickboxing, que acontece entre os dias 30 de setembro e 8 de outubro.

O jovem atleta, que mora em Sidrolândia, recorreu a uma vaquinha online para conseguir recursos que irão custear passagens aéreas, hospedagem e alimentação. O credenciamento para o mundial termina nesta quarta-feira (28). A vaquinha pode se acessada neste link.

Segundo Marcos, o Bolsa-Atleta do município não é suficiente para cubrir todas as despesas. “Deixei de trabalhar para me dedicar totalmente ao esporte para assim representar bem”, conta ele ao Jornal Midiamax.

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O jovem também faz faculdade de e conta somente com ajuda de voluntários, alguns patrocinadores exporádicos e da Fundesporte (Fundação de Desporto e Lazer de Mato Grosso do Sul). “Já pensei em desistir por falta de apoio, mas meu pai sempre conversa comigo e corre atrás de apoio para que meu sonho não morra. Tenho sonho e minha meta e chegar na Olimpíada”, revela Marcos.

Do sonambolismo ao Karatê

Na infância, os pais do atleta, Marcos Coltro e Maria Cristina, notaram que o pequeno Marcos era muito agitado e o levaram ao psicólogo, que o diagnoticou com hiperatividade. ” A genta também descobriu que ele também era sonambulo; andava pela casa a noite toda”, contou o pai à reportagem.

Como saída, os pais foram aconselhados a colocar o filho em alguma atividade esportiva, na tentativa de parar com os casos de sonambolismo. Marcos, então, encontrou para um projeto social de Karatê. Com o passar do tempo, o atleta se apaixonou pelo esporte e com um ano de treino, os sonambolismo sumiu.

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Então, aos 8 anos, o atlete começou a competir na modalidade. “Ele pediu para seu professor para treinar em todas aulas disponíveis”, se orgulha o pai. Aos 13, Marcos já era faixa preta, se tornando o atleta mais novo nesta categoria em MS.

Em 2016, o jovem faturou o 2º lugar no Campeonato Brasileiro de Karatê e fez disso uma motivação para voltar e alcançar o topo do pódio na competição. Em 2018, ele se tornou Campeão Brasileiro de Karatê e foi premiado como atleta revelação e melhor atleta do campenato.

“Meus pais recorreram a ajuda de amigos e colegas para me ajudar a alcançar meus objetivos. Eles vendiam pizza, pastel e faziam rifas para conseguir custear tudo e eu competir”, revela o garoto ao Jornal Midiamax.

Entrada no Kickboxing

Com 16 anos o jovem foi convidado por um amigo para conhecer o Kickboxing. “Ele disse que o esporte era muito parecido com o karatê. A diferença é que tinha mais contato nos golpes”, explica Marcos.

Após alguns meses de treino Marcos participou do Campeonato Estadual de Kickboxing e conseguiu o ouro. No embalo das competições, ele também participou do Campeonato Brasileiro e trouxe para MS o cinturão do 1º lugar.

Com a vitória no nacional, o atleta conseguiu a classificação para o Campeonato Sul Americano, que aconteceu em Cascavel (PR). E aí, mais um título para a conta e junto a classificação para o Mundial.

“Os treinos físicos são feitos em Sidrolândia e a parte técnica é feita na Capital”, relata Marcos. Os deslocamentos até e treinamentos são custos que a família não consegue arcar. “Eu já pensei em parar por várias vezes, apesar de ser apaixonado pelo esporte”, desabafa o jovem atleta à reportagem.

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Dívidas

Além dos gastos com o esporte, a família está com dívidas por conta da internação da mãe de Marcos por conta da covid-19, em um de . “Mesmo enfrentando dificuldade financeira e falta de apoio, meu pai nunca deixou de correr atrás para realizar meu sonho”, conta.

Ela ficou quase 2 meses entubada por conta da doença. “Ela foi salva pela misericórdia de Deus, mas mesmo assim ficou com uma dívida enorme no hospital de São Paulo”, revela o pai.

Na última competição que Marcos participou, seu pai vendeu um reboque que usava para trabalho para custear as despesas do filho. “Apesar de toda dificuldade ele é um campeão, dentro e fora dos tatames. Sinto orgulho pelo esforço e sei que ele vai ser mais que vencedor”, diz pai do garoto.

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Colecionador de títulos

Na modalidade Point Fight do Kickboxing, Marcos é bicampeão brasileiro e lidera o ranking com 28 pontos. Nesta categoria, o atleta é o único de MS classificado para disputar o Sub-18 do Mundial na Itália.

Além disso, Marcos também tem dois títulos brasileiros, é tricampeão estadual e 4 vezes campeão da Copa Sul-Mato-Grossense de Kickboxing e campeão sulamericano.

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