Uma torcedora do Corinthians viajou cerca de 1.000km de Campo Grande até a Neo Química Arena, em São Paulo, mas não teve a experiência que desejava. A corintiana, que foi ao estádio assistir à partida entre Corinthians x RB Bragantino, no último domingo (13), relatou sofrer com atrasos para entrar no local, devido à implementação de um novo sistema de identificação dos torcedores.
“Nós já estamos aqui há uma hora e 20 minutos e nada da gente conseguir entrar”, afirmou a torcedora, em entrevista aos veículos esportivos antes do jogo. Ela estava em um grupo de nove pessoas, todas da capital de Mato Grosso do Sul, inclusive com crianças pequenas.
“Minha sobrinha tá aqui comigo, minha filha também. Aniversário dela e ela veio aqui pra comemorar o aniversário e a gente não tá conseguindo entrar”, explicou.
A partida marcou a estreia do sistema de identificação por biometria facial do estádio, responsável por causar atrasos. Segundo o diretor de Tecnologia do Corinthians, Marcelo Munhoes, a situação foi dentro do normal, por se tratar do primeiro dia com o sistema.
“Como tudo é novo, a Polícia falou: a gente quer um check list, tudo isso pronto, para a gente liberar. Tecnicamente estava ok, mas operacionalmente que precisa haver uma cautela. Demorou uns minutinhos a mais do que as 17 horas, mas fora do normal. As pessoas estão entrando, e a gente está bastante satisfeito com o percentual de acerto. Tivemos, por enquanto, neste portão, uns dois problemas. Coisas pontuais”, afirmou Marcelo.
A torcedora, que relata ter chegado cedo para curtir a experiência, afirma que era aconselhada a ir de um local para o outro, com problemas na biometria, tendo que enfrentar filas e sem ter solução.
O clube paulista, no entanto, afirma ter normalizado a situação após o atraso inicial e, inclusive, destinou o dobro de funcionários em relação aos dias normais de jogos para a estreia do sistema.
A partir de agora, será obrigatório para comprar os ingressos da Neo Química Arena o cadastro da biometria facial, resultando em tickets pessoais e intransferíveis. Assim, o clube pretende diminuir a circulação de cambistas — já não presentes ao redor do estádio na última partida —, que compram ingressos e revendem a preços maiores no local do jogo.
Confira o relato da corintiana campo-grandense:
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