Há oito anos eles realizam vários projetos sociais em comunidades carentes
Torcida organizada é sinônimo de bagunça, violência e confusão. Não, nem sempre é assim. E para provar que a energia do grupo pode ser canalizada em ações positivas, a “Raça Rubro Negra MS” desenvolve desde 2008 vários projetos sociais.
Neste domingo (2), cerca de 30 integrantes da torcida estiveram na “Comunidade dos Anjos”, no Jardim das Hortências para entregar em mãos os agasalhos arrecadados ao longo dos meses.
“Nossa intenção é mostrar que a torcida organizada, o grupo de torcedores, pode se unir para coisas boas. É claro que existem pessoas ruins nestes meios, assim como em qualquer outro segmento da sociedade. Mas não podemos generalizar”, diz o presidente da torcida organizada do Flamengo em Campo Grande, Jean Marques, 39 anos.
Pelo menos 50 famílias foram beneficiadas com cobertores e roupas de frio na 7ª edição do projeto. “Percebemos que esta comunidade é muito carente, por isso, já estamos pensando em outras ações para desenvolver por lá”, conta.
A torcida local tem cerca de mil associados e a maioria deles se envolve nos projetos. “É um trabalho muito gratificante para nós. Algo que transforma a pessoa. Por ele até deixamos de ver o jogo do Flamengo”, conta entre risos.
Desconstruir o estigma criado sobre nós não é nada fácil e é preciso paciência e força de vontade para derrubar esses rótulos. Tarefa que para eles é prazer.
