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Conheça o jornalista de MS que virou repórter no Japão à espera das Olimpíadas

Mudar de país para buscar uma nova vida continua sendo uma premissa dos brasileiros que migram para outros países atrás de uma economia melhor e fonte de renda. É o caso do jornalista campo-grandense Silvio Mori, que se mudou para o Japão em 2019, e viu a oportunidade trabalhar como repórter correspondente freelancer para canais […]
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Mudar de país para buscar uma nova vida continua sendo uma premissa dos brasileiros que migram para outros países atrás de uma economia melhor e fonte de renda. É o caso do jornalista campo-grandense Silvio Mori, que se mudou para o em 2019, e viu a oportunidade trabalhar como repórter correspondente freelancer para canais brasileiros. O jornalista espera cobrir as olimpíadas que acontecerão na cidade de Tóquio em 2020.

Em sua 4ª vez em território nipônico, o jornalista descente de japoneses já viveu na Terra do Sol Nascente quando era mais novo de 1994 até 1997 acompanhando do pai, depois retornou em 1997 e ficou até 2003, e em seguida, de 2007 até 2009. Agora, já veterano na língua e na cultura oriental, a missão é outra.

“Vim para o Japão como qualquer outro descendente japonês. Com isso, me propus para alguns veículos de fazer algumas matérias especiais para as olimpíadas de Tóquio no ano que vem. A intenção era ficar pouco tempo aqui no Japão, revendo amigos e familiares. Nesse meio tempo surgiu a oportunidade de trabalhar com a TV Cultura de , como freelancer, diferente das outras emissoras que tem correspondentes fixos”, ressalta Silvo.

Entre os acontecimentos noticiados pelo repórter ao Brasil através do Jornal da Cultura, já se somam a participação do presidente Jair Bolsonaro na entronização do imperador Akihito e a destruição causada pelo Hagibis em outubro de 2019.

As diferenças culturais mais observadas pelo jornalista no dia a dia são, segundo o mesmo, gigantescas. “Desde a coleta de lixo, com separação e dia certo para jogar o lixo; os calçados, não são usados dentro de casa e há um para cada ocasião, por exemplo. A pontualidade e limpeza são fascinantes. Fui num show do Alok aqui e haviam milhões de pessoas e nenhum lixo, nem um copo descartável no chão”, pontua Silvio Mori.

A produção

Conheça o jornalista de MS que virou repórter no Japão à espera das Olimpíadas
(Arquivo Pessoal, Silvio Mori)

A cultura não influencia tanto no produzido pelo repórter por ser voltado para o público brasileiro, com a linguagem do Brasil. Apesar disso existem diferenças. Conseguir fontes, entrevistas e imagens é mais trabalhoso e rigoroso.

“Conseguir fontes não é tão fácil, japoneses são vergonhosos. Em termos de vídeo, se você vai entrevistar a pessoa, não pode mostrar o rosto. No jornalismo japonês é muito raro, eles não filma o rosto da pessoa falando. Às vezes filmam a mão da pessoa e preservam a imagem. Quase todos lugares públicos precisam de autorização da prefeitura para serem filmados, como a estação de Tóquio, por exemplo”, conta o repórter.

O jornalista sugere pautas que percebe na mídia local para a rede de televisão para qual trabalha na medida que novas notícias vão surgindo. Calor além do esperado no país, mudanças no calendário esportivo das olimpíadas, datas marcantes e comemorativas, visitas de grandes personalidades, como por exemplo a visita do Papa Francisco à Hiroshima e Nagasaki.

Repórter abelha

Segundo o repórter, as pessoas acham que a vida de jornalista é glamourosa, mas não é bem assim. De correspondente muito menos. Na cobertura presidencial, o jornalista contra que tinha que chegar no hotel imperial bem cedo com o material nas costas para fazer a cobertura.

“Nós fazemos tudo sozinhos. Não tenho cinegrafista, pauteiro, editor. Às vezes mando a reportagem editada e já pronta pro Brasil. As grande emissoras já tem toda uma equipe pronta. É um tanto trabalhoso. Eu filmo tudo pelo celular e uso um estabilizador além do tripé”, conta Mori.

A redação passa a ser em casa e a rotina passa a ser dividida entre a produção das matérias de forma individual, e o trabalho em fábricas para complementar a renda. Segundo o jornalista, há várias agências de intercâmbio para brasileiros, descendentes ou não, que buscam vagas de emprego baseadas em suas formações profissionais. “Qualquer brasileiro que vem é por causa da economia, seguido da insegurança e tranquilidade”, frisa.

A língua é outro ponto importante na produção diária individual. O nihongô é necessário já que as agências de notícias são as principais fontes oficiais. Em algumas ocasiões os repórteres abelha tem que acompanhar os acontecimentos on-line, como por exemplo o recente incêndio no Castelo Shuri em Okinawa na última semana televisionado pela rede governamental NHK.

A rede de TV estatal ainda oferece um curso básico para os estrangeiros, gratuito e que podem ser baixadas lições escritas e os programas de rádio, basta entrar no site da NHK neste link.

Hoje, há em torno 200 mil descentes de japoneses (dekasseguis) no Japão, segundo ressalta Mori. A comunidade nipo brasileira já chegou a atingir a marca de 350 mil, sendo a primeira entre os imigrantes no país. Hoje, perde o topo da lista para imigrantes de outros países asiáticos ao redor da ilha.

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