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MidiaMAIS

Para garantir uma vida melhor ao filho, Ana esperou um pouco mais e foi mãe aos 28 anos

Antes disso, a determinação com os estudos e o foco no trabalho foram base essencial para a chegada de Christian
Arquivo -

Quantas mulheres têm o sonho de ser mãe e precisam adiá-lo ao máximo pelos mais diversos fatores? Estudar, casar e ter um filho eram prioridades na vida da professora de língua portuguesa Ana Maria Soares, hoje com 38 anos. Ela veio do Maranhão para no ano de 2001, quando ainda estava terminando o ensino médio, porque lá era muito difícil para conseguir estudar.

“Eu sempre quis algo pra mim, quis ter uma certa estabilidade, uma independência. Não que isso fosse tirar os meus outros sonhos, que eram casar, ter uma família e ter um filho. Então eu comecei a trabalhar em , numa usina de álcool, focando sempre no meu sonho, que era fazer porque eu queria fazer faculdade e depois em encontrar alguém que eu gostasse para casar e ter um bebê”, relata a professora ao Jornal Midiamax.

Quando estava no último ano da graduação, Ana conheceu o pai de seu filho. “Nós começamos a namorar e eu deixei bem claro pra ele que eu precisava primeiro, antes do casamento, me formar. Porque eu precisava ter essa estabilidade, esse sonho, que eu vim de tão longe pra realizar”, conta.

Planejamento para garantir uma vida estável 

“Bem no dia da minha formatura, em 9 de dezembro de 2006, fez um ano que eu tinha casado. Pra mim foi um marco histórico na minha vida porque ali eu estava já com dois sonhos de posse, realizados. Já tinha um casamento e uma faculdade concluída. Daí eu pensei: vou começar a trabalhar e depois eu quero ter o meu filho, só que não veio de imediato”, revela a maranhense.

Este foi um processo que levou algum tempo; depois de 5 anos de casada ela conseguiu engravidar. E por querer ter esse filho Ana sempre pensou e focou em dar a ele o que não teve. Ela conta à reportagem do MidiaMAIS que, na infância, a família sempre foi muito unida no Maranhão, mas as condições de vida eram precárias. “Nós nunca passamos necessidade a ponto de dormir uma noite sem comer, porém, não era aquela alimentação. Refrigerante era só no natal, no aniversário, carne mesmo não era uma coisa que estava sempre presente à mesa. A gente tinha o essencial, que era arroz feijão e farinha, algo que sempre comemos bastante”, explica.

“Então eu sempre pensava assim: que eu queria dar para o meu filho, quando eu tivesse, uma vida melhor. Eu queria sempre trabalhar por causa disso, pra proporcionar a ele o que na minha infância toda eu não tive. E aí o tempo foi passando… um ano antes de engravidar eu fiquei muito apreensiva, eu já tinha tudo aquilo que eu almejava pra ele, já tinha condições, mas a não acontecia”, narra a professora. Então ela pediu a Deus e recebeu a bênção.

Registro feito logo nos primeiros meses de vida de Christian (Arquivo pessoal)

 

Maternidade veio na hora certa

Aos 28 anos, a professora de língua portuguesa finalmente concluiu a tríade de realizações. Depois de um certo adiamento e muito planejamento para garantir estabilidade, Christian nasceu. Hoje, com 9 anos e, ele é uma criança muito abençoada, conta a mãe.

“Nós somos muito ligados um ao outro. Com 3 anos de idade, eu e o pai dele nos separamos e desde então somos só nós dois. É uma conexão extrema entre eu e ele porque a gente tá sempre junto, já tivemos momentos difíceis, momentos alegres… Temos uma convivência extraordinária, ele é uma criança extremamente inteligente. Costumo falar pra ele que ele é um presente que Deus me deu, que Deus me escolheu pra ser a mãe dele porque outra não serviria”, diz emocionada.

Mãe e o garoto, no início da infância (Arquivo pessoal)

De acordo com Ana Maria, olhar para Christian hoje é algo de Deus. “Nunca neguei pra ele a minha história, as minhas origens, nunca neguei pra ele as dificuldades que nós passamos. E agora ele está crescendo, já tem 9 anos. Apesar da minha vida corrida, do meu trabalho que consome muito a gente, eu procuro sempre estudar com ele, procuro sempre ensinar, sempre falar do respeito com as pessoas, respeito com o mundo, colocar pra ele o que eu acho que é formidável e vai colaborar para que ele seja um cidadão consciente, ativo e que veio mesmo com o objetivo de fazer algo pelo lugar que ele vive”, finaliza a mãe do menino.

Ana e Christian atualmente (Arquivo pessoal)

 

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