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Com vida dedicada ao voluntariado, Sandra é enfermeira por amor há 55 anos em Campo Grande

É raro encontrar alguém que destine a sua existência a ajudar o próximo e mesmo com o risco da pandemia, Sandra Mara, de 75 anos, leva seu ato de amor a todos os moradores do bairro Estrela do Sul, em Campo Grande. A enfermeira trabalha gratuitamente na UBS da região, além de fornecer atendimento gratuito […]
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É raro encontrar alguém que destine a sua existência a ajudar o próximo e mesmo com o risco da , Sandra Mara, de 75 anos, leva seu ato de amor a todos os moradores do bairro Estrela do Sul, em . A enfermeira trabalha gratuitamente na UBS da região, além de fornecer atendimento gratuito para moradores acamados e alimento para pessoas em situação de rua.

Tudo começou quando ela tinha apenas 20 anos, influenciada pela sua mãe adotiva, que ajudava os mais necessitados com o serviço voluntário. “Minha mãe, ela ajudava muitos os outros e cresci vendo ela ajudar. Gosto, pelo serviço voluntário de acudir uma pessoa ou outra”, disse a enfermeira.

Até 1990 a profissional trabalhava na Santa Casa de Campo Grande, e no seu tempo livre, ajudava na fabricação de roupas para pessoas necessitadas, na sede de uma escola de samba. Com a aposentadoria, a mesma se viu na obrigação de continuar ajudando, iniciando o seu trabalho gratuito na UBS (Unidade Básica de Saúde) Dr. Willian Maksoud.

Com vida dedicada ao voluntariado, Sandra é enfermeira por amor há 55 anos em Campo Grande
Sandra Mara com a camiseta da Campanha Sim (Foto: Leonardo de França / Jornal Midiamax)

Como mais de 40 anos de bairro, a enfermeira e também professora de História aposentada divide o seu tempo entre casa e trabalho voluntário. Ela deu aulas de bordado e artesanato em geral, além de ajudar na construção da primeira sede comunitária do bairro. Em outra ponta do trabalho comunitário, Sandra dedicou os últimos 9 anos à preparação de marmitas para moradores de rua.

Ela chega na unidade de saúde todos dias às 5h da manhã, com a diminuição do movimento ela segue para segunda parte do seu dia, às 9h, visitando seis pessoas acamados do bairro. “Vou dar banho em acamados, faço um curativo, converso com pacientes com HIV, essas pessoas estão mais isoladas com a pandemia. De domingo a domingo estou na vila, não consigo parar”, disse ela.

Mesmo com a pandemia, ela não se intimidou e se recusou a deixar o seu posto de trabalho. “Assinei um documento e se eu pegar [coronavírus] não vou responsabilizar o posto, todos nós temos que fazer alguma coisa para essa pandemia passar. Me previno, sou lúcida e minhas sete filhas apoiam”, explicou ela.

Luta contra a desinformação

Na ação mais recente Sandra confeccionou quatro camisetas com a ajuda da sua filha, para incentivar a vacinação contra o Covid e combater a desinformação. “Vi a campanha ‘Vacina sim’ e achei genial a ideia dessa camiseta. Os estão fazendo, mas é lá, a realidade é outra aqui na vila, perdi muitas pessoas com coronavírus”, desabafou.

E por isso, quando percebe alguém compartilhando informação falsa sobre a doença a reação é imediata. “Sou membro do conselho local e municipal de Saúde, eu bato de frente e mostro a realidade, vi sofrimento de perto. Larguei de almoçar para dar a notícia pra uma mãe que o filho tinha morrido de Covid-19, se a vacina chegou é uma ponta de esperança”, explicou.

O objetivo do mais novo projeto é incentivar as pessoas que estão disponíveis, para fazer parte do conselho de saúde ou ser voluntário. “A palavra voluntária tem muita força para mim, porque faço com amor. É uma coisa inexplicável, você não está recebendo nada, você é livre e faz com amor. Não tenho hora para sair da minha casa e atender a comunidade” finalizou Sandra.

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