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MidiaMAIS

Em 10 anos, Midiamax não perdeu ‘fio da meada’ de muitas histórias e Valdir juntou tudo em coletânea

Aposentado disse que sempre sonhou em ser jornalista e escritor, então, pesquisou notícias de Campo Grande e fez coletânea.
Graziela Rezende -
Coletânea vai de 2003 a 2012. (Madu Livramento, Midiamax)

O deck de madeira, construído ao redor de um jacarandá, é o local de descanso para Valdir Dala Marta, de 77 anos. Ali, rodeado de plantas, curte a aposentadoria ao lado da esposa, em um imóvel no bairro Marcos Roberto, em Campo Grande. Só que, ao invés da calmaria o dia todo, decidiu se ocupar para realizar um antigo sonho: ser jornalista e , fazendo uma coletânea de dez anos de , tendo como principal fonte o Midiamax, que não perdeu o fio da meada de muitas histórias da cidade.

“A melhor maneira de uma pessoa aposentada morrer logo e ficar doente é não fazer nada, ficar só jogando carta com os amigos na praça, então, me ocupo em tudo, tento me ocupar. Este deck, por exemplo, fiz junto com minha mulher e os meninos aqui de casa, fizemos em conjunto, inclusive a pintura, então, eu sou daquele que sabe fazer pequenas reformas, que troca a lâmpada. A lâmpada eu sei trocar”, brincou.

Assim, além de trabalhar em casa no cuidado com as plantas, também passou a fazer um trabalho de pesquisa de notícias sobre a capital sul-mato-grossense, a partir de 2002. “Gosto de escrever, sempre gostei e sempre tive ideal de ser primeiro jornalista e depois escritor, então, comecei a fazer estas pesquisas na internet, nos portais de notícias, tem muito conteúdo. E o meu trabalho é ligar os pontos de uma história que começa, aqui, chegou no meio aqui e foi terminar lá adiante, no outro quarteirão. Muitas vezes o público não acompanha a sequência”, opinou Valdir.

Midiamax é fonte de pesquisa para Valdir desde 2002

Ou seja, nestes dez anos, Valdir não só relembrou causos polêmicos da cidade, como juntou tudo e escreveu a coletânea. “O Midiamax, quando comecei o projeto em 2003 e percebi que a pesquisa pela internet seria bem mais rápida, prática e segura do que eu fazendo pelos meios tradicionais, ou seja, buscando livros em bibliotecas, então, este era o único portal que tinha dados a partir de agosto de 2002. Os outros tinham sido apagados, então, o Midiamax foi a única fonte que eu tinha, além das edições em papel”, explicou.

Desde então, Valdir ressalta que o portal tem um “excelente mecanismo de pesquisa”. “É rápido e desde então sempre foi super fácil achar as matérias e a continuação delas. Este projeto também é um estímulo para as pessoas lerem, quero promover a leitura, então, tem notícias policiais, políticas, econômicas e outras. Eu também fiz o meu próprio banco de dados, de julgamentos em tribunais superiores, é realmente uma coletânea, uma fonte de pesquisa para os campo-grandenses, voltado para intelectuais”, ressaltou.

E a paixão por leitura começou muito cedo, quando ele era ainda criança. “Eu lia muito. Há 50 anos, meu pai era assinantes de jornais diários, como a Folha de , o Estado de São Paulo, então, eu lia muito e, já naquela época, queria ser repórter. Só que eu era muito tímido, pensava até em um nome em inglês que eu ia assinar a matéria. Quando adolescente, cheguei até a fazer pequenos trabalhos, umas reportagens, mas, aí passou o tempo e me tornei fiscal de renda em 1974, quando ainda era Mato Grosso. Trabalhei também em uma delegacia como escriturário, fui por outro caminho”, relembrou.

Enquanto fiscal de renda, Valdir disse que teve muita profissional. “Eu analisava muito. O fiscal é uma pessoa que faz esta análise, que investiga e tenta ligar pontos para descobrir onde está o erro de uma firma, por exemplo. Ele acaba contando uma história quando faz o auto de infração, acaba contando como o erro foi cometido por um determinando contribuinte, então, quando me aposentei, quis continuar fazendo algo útil. Eu escrevia bem, só que não tinha muita história para contar, então, fui criando bagagem para contar as melhores histórias”, contou.

Com o nome “timblindim”, Valdir criou primeiro um canal no Youtube. “Eu comecei a escrever e postar coisas sobre plantas, identificação de árvores, do cerrado, depois falei de turismo, de lugares bonitos e, por último, desastres da cidade, enchentes, erosões, pontes quebradas e aterros. Percebi que aqui tinha muita história para contar: de pessoas, de obras, como elefantes brancos como o local onde seria a rodoviária, no Cabreúva por exemplo. E daí a gente que acompanha o noticiário percebe que muitas histórias ficam perdidas, então, fui juntando todas essas pontas, pesquisando o fio da meada das notícias e escrevendo sobre elas”, finalizou.

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