“Terra e Paixão”. De acordo com a colunista Carla Bittencourt, do portal Notícias da TV, este será o nome definitivo da próxima novela das nove da TV Globo, assinada por Walcyr Carrasco e ambientada em Mato Grosso do Sul.
A escolha de “Terra e Paixão”, segundo a jornalista, é dada como certa e já aparece em documentos oficiais internos da produção, que tem previsão de estreia para maio no horário nobre da emissora.
“Terra Vermelha”, nome escolhido pelo autor, não pôde ser usado por já existir um livro registrado com a marca. A emissora não conseguiu entrar em um acordo com o escritor da obra para a compra do título e a opção mais barata e viável foi definir um nome novo e diferente.
Por isso, desde o final de 2022, as áreas comercial e jurídica da TV Globo buscavam um outro título para a novela. Entre eles, “Terra Bruta”, “Terra Mãe” e “Terra Dourada”, sendo “Terra Vermelha” o queridinho pelo público que aguarda ansioso pela estreia do folhetim.
Mas, conforme Bittencourt, “Terra e Peixão” é a escolha final. Nas redes sociais, internautas repercutem a decisão e se mostram frustrados com o título, aparentemente, definitivo. Confira:
História da nova novela
De acordo com sinopse divulgada pela coluna Patrícia Kogut, a trama vai tratar do mundo do agronegócio. A protagonista Aline (Bárbara Reis), perderá o marido numa tentativa de grilagem, mas conseguirá salvar sua fazenda, mesmo sem nunca ter plantado uma única semente.
Ela enriquecerá e terá Antônio La Selva (Tony Ramos) como seu grande rival na história. Ele nasceu na região e herdou terras férteis, tornando-se o maior produtor rural do lugar. Ganancioso, Antônio tentará tomar a propriedade da moça, que desperta o interesse de seus dois filhos: Caio (Cauã Reymond) e Daniel (Jhonny Massaro).
Os atores estão desde o final de janeiro gravando as sequências da trama em Mato Grosso do Sul.
Inspiração do autor
Em sinopse divulgada, o autor revelou que a novela foi inspirada em sua infância. De acordo com ele, seu tio, irmão de sua mãe, se mudou para Dourados, em Mato Grosso do Sul, e “foi a primeira vez que ouviu falar em Terra Vermelha”, contou Carrasco.
Apesar de ser baseada na infância do autor de 71 anos, a história será ambientada na atualidade, em um cenário que destaca o agronegócio, plantações e mistura o antigo com o moderno.
“A lembrança da terra vermelha permaneceu em minha memória. Era uma terra excelente para o cultivo, que fazia a agricultura render. Meu tio não ganhou dinheiro. A terra vermelha nunca saiu da minha imaginação. Graças a ela, se ergueram fortunas, porque é uma terra produtiva”, escreveu Walcyr na sinopse entregue à Globo.
Autor veio a MS para pesquisas e fez confirmação sobre terra vermelha
Assim, ele também acrescentou: “Se criaram grandes fazendas, as plantações estendidas. Ainda agora, ao voltar à região de Dourados para minhas pesquisas, confirmei: a terra vermelha é mais cara. A lembrança de minha infância era, sim, real”.
“Eu remexo nas anotações das minhas ideias e, às vezes, acho muito simples. É uma história de família, uma história de amor, de luta. É surpreendente, simplesmente porque a emoção humana sempre é surpreendente. Sentimentos à flor da pele atraem, comovem. A trama é atual. Mas quero manter o sentimento do menino que fui, que se agachou no solo desconhecido, enfiou as mãos e saiu cheio de terra vermelha”, finalizou o escritor.
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