Demorou, mas aconteceu. Guardados no Bioparque Pantanal desde outubro de 2023, dois peixes da espécie pirarara que chegaram filhotinhos ao local já cresceram o suficiente para finalmente serem expostos em um tanque do complexo.
Chamados de Tuquinha e Naína, os exemplares foram doados ao Bioparque Pantanal pelo Projeto Pacu há mais de um ano e foram recebidos pelo empreendimento de fauna em tamanho reduzido. Por isso, precisaram aguardar tanto tempo para deixar a quarentena e ganhar um lar (ou recinto) no circuito.
Na época, Carla Kovalski, bióloga-chefe do complexo, explicou que era essencial proporcionar um tempo de adaptação até que os animais estivessem preparados para sua nova casa. “A prioridade é sempre a saúde e o bem-estar de cada espécie, e nossa equipe de manejo dedica cuidados constantes a eles”, declarou a profissional.
Quatorze meses depois, os bebês cresceram o bastante e agora poderão ser vistos na área externa do Bioparque Pantanal, para onde foram transferidos esta semana.
Tuquinha é a pirarara leucística (ou albina), enquanto Naína é a de coloração semelhante a de um tubarão. As duas são fêmeas e, a partir de então, passam a ter mais espaço para se desenvolver – e crescer ainda mais.
Pirararas: mais sobre a espécie
De nome científico Phractocephalus hemioliopterus, as pirararas podem ser encontradas nos rios Araguaia, Amazonas, Tocantins, Essequibo e Orinoco no Brasil. Mas a espécie também ocorre em outros países da América Latina como Equador, Colômbia, Bolívia e Venezuela.
É um peixe de couro que pode medir 1,5 m de comprimento e 60 kg. O nome vem do tupi pirá+ara (peixe-arara), por ter colorações variadas como essas aves.
E, apesar de possuir uma dieta onívora, as pirararas são uma das pouquíssimas espécies predadora das piranhas, assim como as onças-pintadas e os jacarés. Se deixar, ela come.
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