A busca na internet, por um “artesanato diferente”, levou Dulce Vieira Mascarenhas Ponce, de 72 anos, a achar o vídeo de um italiano, mostrando uma técnica em que manipulava o papelão e ali fazia arte. Assim, mesmo sem saber exatamente do que se tratava, tentou reproduzir e falou que a primeira casinha “mal parava em pé”. No entanto, insistente que é, aprendeu a técnica em pouco tempo e hoje faz lindas miniaturas, as quais trazem nostalgia e nos lembram que o lar da vovó é o melhor lugar do mundo.
“As pessoas se encantam bastante com as casas da vovó e, quando as crianças se aproximam, principalmente, eu brinco que a casa da vovó é cheia de nutella. São fachadas de casas que as pessoas me mandam foto e também tenho inspiração naquelas da Itália e da Grécia. São muito bonitas, com aquelas portas antigas, flores, todo mundo se encanta, tem o espacinho até da chave”, contou Dulce ao MidiaMAIS.
Além do papelão, Dulce diz que junta diversos outros itens recicláveis, em Campo Grande. “Eu vou fazendo a minha caminhada e pegando coisas na rua. Eu reaproveito tudo. Quando chego em casa, muitas vezes, minha filha brinca: ‘Chegou a lixeira’. E eu falo: ‘Não, chegou é a reciclagem’. E aí fui aprendendo onde coloca cola, palito de dente para reforçar, deixar estruturado. Tudo começou em outubro e daí eu me apaixonei. Pensei: ‘Quero ver onde vai dar’ e estou aí, participando de feiras, recebendo encomendas”, comentou.
De acordo com a artesã, que antes trabalhava com pintura, a intenção inicial não era vender e sim presentear a família e amigos. “Essa questão de pesquisar um artesanato diferente do comum é porque eu não queria ficar parada. O intuito de vender e participar de feiras veio depois, mas, está sendo maravilhoso. Faço novas amizades. E eu gosto de novidade, de coisa difícil. Adoro quando alguém me mostra uma foto, do quartinho do bebê, e eu faço personalizado”, finalizou.
Confira aqui mais alguns trabalhos da D. Dulce:
