Buscando explicar de maneira lúdica sobre a vida das araras-canindés, ave símbolo de Campo Grande, o biólogo Bruno Ferreira roteirizou o curta As Araras do Pantanal, que acompanha o nascimento, os primeiros voos e os desafios da vida em liberdade da ave entre mata e cidade. A narrativa é contada por meio de imagens em estilo massinha e está disponível gratuitamente no canal Pataville TV, no YouTube.
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Segundo Bruno, a ideia do projeto surgiu após a abertura das inscrições para o Festival Cine Aves, concurso que promove a produção audiovisual independente, voltada à valorização das aves brasileiras. Como as canindés fazem parte do cenário rural e urbano do estado, nada mais justo do que homenageá-las.
“Contar essa história é uma coisa especial para a gente, principalmente pra mim, que sou biólogo. Nessa época a gente pode ver os casais, às vezes em número primo, duas araras e um filhote. Isso quer dizer que é um casal formado para a vida toda, e um filhote, que está aprendendo com os pais sobre a vida, sobre achar alimento. Inclusive, elas voltam para a mata, voltam para o Pantanal e futuramente, quem sabe, formam um casal e voltam aqui para a cidade para ter os filhotes”, explica.
Desenvolvimento do projeto
O projeto levou cerca de um mês para ser desenvolvido. A história, uma animação em estilo de massinha, tem como público principal as crianças. Nela, ilustram os desafios que as aves enfrentam até chegar na vida adulta e formar uma nova família.
“São nossas crianças que temos que tocar com as histórias, temos que levar consciência ambiental. Quando vimos que as inscrições para o Cine Aves estavam abertas, pensamos: ‘poxa, uma oportunidade levar este assunto num evento que é muito importante, inclusive, nessa parte de educação ambiental, em fomentar a observação de aves, que é uma atividade excepcional para levar educação, essa consciência para todos'”, relembra o biólogo.
Não é a primeira vez que o grupo desenvolve um projeto de consciência ambiental como este. O mais recente é o Capivara Show, realizado durante a pandemia, feito com imagens reais de capivara. “A gente tirou algumas imagens locais e a gente produziu tudo isso, mas lá em 2020. E agora, com a tecnologia nova, a gente deu uma evoluída pra fazer uma coisa que conte uma história, que seja bacana. Mas o intuito de tudo mesmo é levar essa conscientização sobre o que esses animais costumam passar até chegar na vida adulta e constituir sua família, mostrar a vida dos bichinhos”, pontua.
Para realizar o projeto As Araras do Pantanal, o grupo utilizou um trabalho híbrido entre imagens geradas por IA (Inteligência Artificial) e montagens feitas por meio do programa de edição Premiere.
“A história é muito importante para nossa cidade, para contar para as crianças. Queríamos que fosse algo que tocasse, que fosse comovente para os adultos também. E está tendo uma repercussão boa, pode-se dizer, algumas pessoas se emocionam”, finaliza.
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