Alerta extremo da Defesa Civil que fez os celulares tocarem e vibrarem de forma simultânea no último sábado (27), em Campo Grande (MS), veio acompanhado de um crasso erro de português.
Devido à rapidez e ao susto provocado pela notificação, pouca gente reparou, mas a mensagem emitida pelo órgão de prevenção tinha um equívoco primário que fere a gramática da língua portuguesa: o “mais” foi trocado por “mas”.
Às 14h50, a tela dos aparelhos foi invadida pelo seguinte recado, escrito dessa forma: “Alerta extremo. Defesa Civil: DEMONSTRACAO do novo sistema de alerta de emergencia em Mato Grosso do Sul. Mas informacoes, consulte o site DEFESA CIVIL ALERTA”.
Nesse caso, ao invés de “Mas informações”, a frase deveria ser “Mais informações”. Na língua portuguesa, “mas” é usado com sentido de oposição, sendo sinônimo de “porém” e “contudo”, por exemplo. Já o termo “mais” se refere, principalmente, à ideia de quantidade, referindo-se a acréscimos.
‘Foi o estagiário?’ Erro em alerta repercutiu
A notificação com a gafe só saiu da tela quando os donos dos aparelhos apertaram a opção “Ok”. Assim, houve tempo suficiente para que os prints rolassem soltos e os mais atentos reparassem na troca dos termos. Nas redes sociais, internautas sul-mato-grossenses não perdoaram e fizeram suas pontuações.
“Foi o estagiário que escreveu”, “Deixaram nas mãos do estagiário… dá nisso”, “Quem escreveu o alerta faltou às aulas de português no fundamental” e “Se até eles erram, por que nós não podemos?” foram alguns comentários.
Só que a situação ficou pior, pois, na mesma data, outras cidades brasileiras também emitiram o alerta, mas com a notificação sem erros gramaticais.
“Parece que só em MS que erraram”, “Que vergonha pro nosso Estado” e “Calma, gente. Esse erro não faz diferença se a intenção é alertar sobre chuvas e ventos. Menos, bem menos”, observaram mais usuários das redes sociais.
Defesa Civil fará reunião para avaliar o ocorrido
Diante da repercussão, a reportagem acionou a Defesa Civil de Campo Grande para explicar melhor como a mensagem foi gerada e o que poderia estar por trás da falha gramatical.
Ao Jornal Midiamax, a Defesa Civil, por meio da Prefeitura de Campo Grande, informa que o sistema possui um limite de caracteres, e isso exige adaptações no texto. “Nesse caso, o conteúdo foi inserido manualmente e pode ter havido falha de digitação ou até mesmo interferência do sistema no momento do envio”, esclarece.
“A Defesa Civil Estadual informou que haverá uma reunião com a equipe técnica da plataforma, em Brasília, com data a ser definida, para avaliar o ocorrido. Lamentamos o equívoco pontual e seguimos comprometidos com a melhoria dos sistemas de alerta à população”, afirma o Executivo municipal.
Veja a notificação em outros estados do Brasil:
Alerta extremo: por ora, um teste da Defesa Civil
Vale lembrar que o alerta emitido no sábado (27) foi apenas uma demonstração. De acordo com a Defesa Civil Nacional, essa ferramenta garante que, em situações reais de desastre, os cidadãos recebam informações com segurança e rapidez, ajudando a salvar vidas.
Com a ferramenta, o órgão poderá avisar a população sobre eventos extremos, como tempestades com ventos acima de 100 km/h, alagamentos e outros riscos.
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(Revisão: Dáfini Lisboa)
