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Feira Literária de Bonito terá réplica de onde vivia catadora de papelão, que é marco da literatura

Programação rica e diversificada também presta homenagem à poeta Flora Egidio Thomé, nascida em Três Lagoas
Graziela Rezende -
Lançamento ocorreu na Cafeteria Doce Lembrança, em Campo Grande (Graziela Rezende/Jornal Midiamax)

A nona edição da Flib (Feira Literária de ), que ocorrerá de 17 a 21 de setembro de 2025, na Praça da Liberdade, em Bonito, a 259 km de , foi oficialmente lançada nesta sexta-feira (8), em Campo Grande.

O encontro com os diversos modos de narrar, da biografia à autoficção, terá, além da clássica árvore de livros, uma réplica da casa onde vivia Carolina Maria de Jesus, autora de “Quarto de Despejo”, que se tornou um marco da literatura nacional, revelando o poder da palavra como forma de resistência.

“Temos uma diversidade muito grande de escritores participando. O tema é vida, arte, biografias e teremos uma homenageada com uma história fantástica, que é a Carolina Maria de Jesus, uma catadora de papel que fazia os seus escritos em papéis que catava na rua, e aí veio o livro. Teremos muitas atividades, com a intenção de aprendermos em cada história que ela contava do seu dia a dia”, ressaltou o coordenador da Flib, Carlos Porto.

‘Feira foi evoluindo a cada ano e há muito o que celebrar’, diz coordenador

Carlos Porto, coordenador da Flib (Graziela Rezende/Jornal Midiamax)
Carlos Porto, coordenador da Flib (Graziela Rezende/Jornal Midiamax)

Conforme o coordenador, fazendo uma retrospectiva dos últimos dez anos, a Feira foi evoluindo a cada ano e há muito o que celebrar.

Neste ano, em especial, a Feira Literária de Bonito também incluiu as editoras que ajudaram na construção e a expectativa é de ao menos 10 mil pessoas prestigiando o evento.

“Só de crianças e adolescentes, que vêm das escolas, são mais de 3 mil, então, é um evento que briga pela valorização da literatura e do , que precisa ser valorizado e, muitas vezes, é pouco remunerado”, argumentou.

Neste processo, os estudantes também são premiados. “Isso é muito gratificante e eles entendem que pertencem a esta Feira Literária, então, existe todo um cuidado com as obras, o tema e as produções dos estudantes. A cidade de Bonito também ganha com isso e já é conhecida como um espaço de literatura, de memória, de criatividade e de aprendizagem. E a literatura, para que continue viva, tem que ser compartilhada”, disse.

A programação rica e diversificada também presta à poeta Flora Egidio Thomé, nascida em Três Lagoas, região leste do Estado, que foi professora, poeta e imortal da Sul-Mato-Grossense de Letras.

Sua produção em haicais, marcada pela delicadeza e profundidade, segue encantando gerações e a trajetória literária é testemunho da força poética que brota do cotidiano e da sensibilidade interiorana.

Escritor que lançou carreira aos 70 anos está muito animado com a Flib

O escritor Acilso Rodrigues, de 73 anos, participou do lançamento e falou que iniciou a carreira como escritor aos 70 anos. No entanto, diz que escreve poemas desde os 12 anos, além de ter vários manuscritos no período em que esteve no Exército. Ao mesmo tempo, sua esposa, Romi Oelke, diz que recebeu lindos textos do companheiro, durante todo o período de namoro e está muito feliz com este momento da carreira dele.

Antes Braulio Paixão, agora assina o pseudônimo de Valêncio Rodrigues, nome que era de seu avô. “Fiz uma redação, aos 12 anos, na escola Geraldo Castelo, em Campo Grande. E depois comecei a escrever poesias, quando estava no Exército e aí o tempo passou, mas, comecei a montar arquivos do meu primeiro livro há uns cinco anos. Em 2020, mais ou menos. E, desde então, estou com a cabeça borbulhando. Já lancei três livros e tem mais dois engatilhados”, contou.

Sobre a Flib, Acilso diz que será um marco. “Estou me lançando escritor, mesmo escrevendo desde jovem, então, eu serei um velho escritor, saindo da casca como escritor velho, então, trarei a minha experiência e vou vivenciar o desabrochar do escritor velho. Os meus livros são bastante ecléticos e o último, um Mergulho no Futuro, fala sobre fé, espiritualidade, família, temas que eu gosto muito também e retrata a minha vida e um pouco da minha vida com a minha esposa, então, é autobiográfico também. E é bem inusitado, o desfecho do livro é no ano de 2040, com telas holográficas”, finalizou.

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