O dia 9 de julho marca um acontecimento importante na história do Brasil: a Revolução Constitucionalista de 1932. A data é considerada feriado em São Paulo, mas não em demais estados do país. Assim, se você tinha dúvidas do motivo pelo qual Mato Grosso do Sul não tem folga nesse dia, o Jornal Midiamax te explica.
A Revolução Constitucionalista de 1932 foi um movimento armado contra o governo de Getúlio Vargas. A revolta contou com participação de várias frentes, inclusive do atual Mato Grosso do Sul. O envolvimento do Estado deveu-se ao caráter separatista do movimento, algo de interesse dos mato-grossenses na época.
O conflito durou cerca de três meses e desencadeou transformações políticas profundas naquela década. Mas, apesar de Mato Grosso “uno” (estado ainda não separado) lutar ao lado de gaúchos e paulistanos, a sua participação é pouco lembrada, a ponto de a data não estar incluída no calendário oficial de Mato Grosso do Sul.
Feriado não é comemorado em MS
A falta de memória do Estado em relação ao fato histórico foi apontada pela presidente do IHGMS (Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso do Sul), Madalena Greco, em entrevista ao Midiamax, no ano de 2021.
Na ocasião, a historiadora comentou sobre a atuação do estado na revolução e relembrou, até mesmo, que o jornal mato-grossense O Diário serviu como difusor oficial dos atos de Vespasiano Barbosa Martins durante o episódio histórico.
“Só o fato de ter um diário que direcionava toda sua grade especialmente à luta pela Constituição já é um marco. Se havia outros interesses por detrás de toda movimentação, não diminui a participação desta parte do Estado de Mato Grosso”, explicou a historiadora.
Em São Paulo, o dia 9 de julho é celebrado como feriado desde 1997. Contudo, aqui em Mato Grosso do Sul, a data é um dia como outro qualquer. Aliás, o feriado não é considerado nacional, conforme o calendário oficial do governo federal.
“Ficou disso tudo um forte vínculo entre nós e os paulistas. É bom fazer alianças com gente forte e de vanguarda. Uma lástima é que essa importante data não é comemorada por aqui”, lamenta Madalena Greco.
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