Você já ouvir falar da doença do Pênfigo? A condição afeta o sistema imunológico, causando o aparecimento de bolhas dolorosas na pele e nas mucosas. O assunto ganhou repercussão na última semana, quando o influenciador Flavio Giusti, dono do canal Vegetarirango, no YouTube, compartilhou com os seguidores o diagnóstico da doença.
Também conhecido como “Fogo Selvagem”, os tipos mais comuns de Pênfigo são o Foliáceo e Vulgar. Flavio foi diagnosticado com este último, que ocorre quando o sistema imunológico ataca erroneamente as proteínas nas camadas superficiais da pele.
Fechar o diagnóstico de Pênfigo pode ser um processo dificultoso e lento. Segundo relato do influenciador, ele ficou 26 dias internado no hospital, até receber o parecer médico. Antes disso, passou 15 dias investigando o quadro, através de exames. Tudo isso enquanto apresentava dificuldade para se alimentar, ingerir líquidos e para dormir.
Os exames necessários para a confirmação da doença incluem biopsia da pele ou mucosa lesionada, imunofluorescência para identificar autoanticorpos, e exames de sangue.
Ao receber o diagnóstico, muitos pacientes costumam se assustar, por desconhecê-la. O mesmo aconteceu com Flavio. “Também nunca tinha ouvido falar desse nome e queria continuar desconhecendo confesso”, revelou.
Sobre o tratamento
O tratamento da doença do Pênfigo se dá de forma gradual. Geralmente, faz-se uso de medicamentos Corticosteroides, podendo ser por via oral ou intravenosa. Além disso, médicos receitam antibióticos e compressas protetoras aos pacientes.
No caso de Flavio, não previsão de alta. “A médica disse que só dará alta após ver melhora no meu quadro clínico, e pode ‘começar’ a ter melhora de 4 a 8 semanas, ou seja, 1 a 2 meses!!” escreveu na legenda de publicação.
O influenciador pede, inclusive, doações aos seguidores que se sentirem compadecidos com o seu caso, já que está há mais de 50 dias sem conseguir voltar à rotina de trabalho. Quem desejar contribuir, pode fazer um Pix solidário, usando a chave [email protected].
Campo Grande se tornou referência no tratamento da doença
Fundando em 1949, o HAP (Hospital Adventista do Pênfigo) em Campo Grande, se tornou referência nacional no tratamento do pênfigo. A instituição surgiu da busca do pastor adventista Alfredo Barbosa de Souza por uma cura para a doença, que acometia sua esposa.
Áurea de Souza sofria com a doença Pênfigo Foliáceo, cuja cura era desconhecida, na época. Assim, o pastor decidiu procurar ajuda por vários estados do Brasil, e se dispôs a procurar até fora do país.
Nesta incansável busca, ele se encontrou com um casal de Campo Grande que recomendou um remédio produzido por um morador de Sidrolândia. A fórmula “mágica” foi desenvolvida por um farmacêutico argentino, chamado Isidoro Jamar. Ao tomar o concentrado, feito à base de piche e fortificante, Áurea se recuperou da doença e voltou a ter uma pele saudável.

De volta a Campo Grande, Alfredo teve contato com uma menina que também possuía a doença. Para ajudá-la foi até Sidrolândia novamente em busca do remédio fabricado pelo farmacêutico. Assim, a fim de dar sequência ao tratamento da jovem, o pastor conseguiu um terreno emprestado com a família Baís, a qual hospedava o pastor.
Com a fama do medicamento se espalhando, foram chegando inúmeras pessoas a Campo Grande, em busca da cura do pênfigo. Desde então, o hospital foi construído e, atualmente, é tido como referência no assunto.
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(Revisão: Bianca Iglesias)