Ao perceber que o filho tinha dificuldades de aprendizado, a programadora Gabriela Farias teve uma grande ideia para ajudar no seu desempenho escolar: ensiná-lo a programar. A ideia surgiu após notar que Mauro Oliveira, de 11 anos, tinha muito interesse pelo jogo Roblox, que usa a linguagem de programação Lua, semelhante ao Python.
A programadora, então, começou a mostrar ao filho como os jogos de computadores são feitos. Mauro se interessou de imediato, e hoje em dia, ele estuda programação por conta própria. Além disso, tem mais facilidade nas tarefas escolares, e até passou em segundo lugar na primeira fase da OBMEP (Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas), sem ter estudado especificamente para a prova.
“Ele não conseguia acompanhar bem as aulas, teve dificuldades com leitura, escrita cursiva, e eu tentei de tudo para ajudá-lo: violão, alemão, estoniano… nada funcionava. A programação despertou nele a atenção que nenhuma outra atividade conseguiu. Ele melhorou em todas as matérias, sem esforço”, explica a mãe do menino.
Mauro virou inspiração para os colegas de escola, que passaram a pedir ajuda para aprenderem a programar também. O destaque vai além das salas de aula, pois um vídeo do programador mirim viralizou recentemente no TikTok, fazendo com que outras pessoas conhecessem as suas habilidades. O vídeo já conta com mais de 35 mil visualizações na plataforma.
@mauro.oliveira6332 Tenho 11 anos e já sei programar! 💻 Usei HTML, CSS e JavaScript pra trocar imagens com um clique! 👾 Veja como ficou e me siga no GitHub pra acompanhar meus projetos! 🚀 🔗 Link do GitHub: https://github.com/MauroDev2013/gnomosEmotion# #ProgramadorMirim #CodandoDesdeCedo #JavaScript #HTML #CSS #DevJr #TechKids #Programação #TikTokDev #ProjetosDeCódigo #AprendendoProgramar #Github
♬ original sound – Mauro Oliveira
Mãe programadora aponta falta de aulas de informática nas escolas
Segundo Gabriela, atualmente as salas de informática diminuíram drasticamente nas escolas. Essa questão, somada à substituição do computador pelos celulares, faz com que as crianças da nova geração não saibam mais como usá-lo.
“Em uma oficina que fizemos na escola, vimos que alguns alunos nem sabiam que o mouse servia para clicar. Ao mesmo tempo, estudantes universitários precisam cumprir projetos sociais obrigatórios. Então, por que não unir o útil ao agradável? Universitários podem dar oficinas de programação nas escolas. Os alunos aprendem, se interessam, melhoram no desempenho escolar e os universitários cumprem seus projetos”, explica.
Determinada a levar os códigos e linguagens de programação para a grade escolar das crianças, a programadora planeja iniciar um projeto-piloto na Escola Municipal Abel Freire de Aragão, onde seu filho estuda. As atividades envolverão aulas de programação prática para os alunos.
“Essa é uma proposta simples, mas com um potencial transformador. Se funcionou com meu filho, pode funcionar com muitos outros”, conta.
Enquanto desenvolve o projeto a fim de apresentá-lo à Semed (Secretaria Municipal de Educação), o filho de Gabriela está empenhado em um trabalho de história em formato de um site. O projeto de Mauro usa o React, uma ferramenta de JavaScript muito comum para desenvolver aplicativos.
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(Revisão: Bianca Iglesias)