Obra do pintor corumbaense Jonir Figueiredo foi doada ao museu de arte Pinacoteca, em São Paulo. O quadro ‘Mapa do Paraíso – Pantanal Brasil (2022, tinta sobre tela, 48 x 116 cm)’ foi entregue ao museu, nesta quinta-feira (2) por Fernanda Figueiro e Mazé Torquato Chotil, respectivamente sobrinha e amiga do artista.
Na ocasião, Fernanda relembrou que acompanhou de perto o crescimento do artista, pois o tinha como um pai. Além disso, destacou o desejo dele de conhecer outros estados e países, a fim de descobrir novas realidades. Entretanto, sem esquecer o Pantanal, lugar de suas memórias e infância.
Além disso, ela contou que o artista a introduziu no mundo da arte, junto com sua irmã. O ateliê de Jonir ficava ao lado da casa da avó, onde as meninas passavam grande parte do tempo. “Vivíamos lá”, disse ela. “Ele nos ensinava a traçar de maneira adequada, a usar pincéis pequenos, tinta guache… Todo o meu contato com a arte começou através dele”, recordou.
A obra doada faz parte da série ‘Mapas do Paraíso’, inspirada em mapas feitos à mão por seu avô, que era membro da Marinha Brasileira e trabalhava com cartografia. A sobrinha do artista, inclusive, revelou o desejo de reencontrar os originais desses trabalhos que tanto influenciaram Jonir.
O curador da Pinacoteca, Thierry Freitas, destacou que o trabalho de Jonir, que retrata paisagens do Pantanal, tem grande significado e vai enriquecer ainda mais os arquivos da instituição. A obra será catalogada e passará pelos trâmites legais antes de ser exposta e disponibilizada para pesquisa no site do acervo da Pinacoteca.

Artista plástico abordava iconografia do Pantanal
Natural de Corumbá, Jonir Figueiredo abordava a iconografia pantaneira em suas obras, usando diversas técnicas e foi premiado em diversos salões de arte em Mato Grosso do Sul e pelo Brasil. O artista foi bacharel em educação artística pela faculdade Unidas de Marília-SP.
Em 2022, o artista plástico chegou a comemorar 50 anos de carreira o lançamento do livro ‘Jonir, uma trajetória de vida construída com arte’, em Paris. No mesmo ano, ele realizou uma mostra no Centro Paris Anim’ Sohane Benzian, localizada na Escola de língua Herança Cultural, na França, além de realizar oficinas com crianças sobre os bichos do Pantanal.
O pintor faleceu em julho deste ano, aos 73 anos de idade.
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(Revisão: Bianca Iglesias)