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Corredor gastrônomico mais antigo de Campo Grande: Coophasul só não tem sushi

Bem servidos, de dia e de noite, os moradores só têm uma reclamação, quando o assunto é comida: por lá não tem sushi!
Graziela Rezende -
(Madu Livramento/Jornal Midiamax)

O Coophasul se tornou roteiro gastronômico há décadas, o primeiro da periferia e que trouxe um conceito replicado em outras regiões de . Aliás, é de lá o primeiro “bifão”, que agora possui unidades espalhadas — área nobre e shopping — transformando o nome do bairro em uma marca e ressaltando o exemplo deste tipo de empreendimento. Bem servidos, de dia e de noite, os moradores só têm uma reclamação, quando o assunto é comida: por lá não tem sushi!

“Posso dizer que o Coophasul é um dos bairros mais famosos da cidade, devido ao seu Dudu, que construiu a história do Bifão e se tornou até referência de geolocalização. A gente sabe que, antigamente, ninguém conhecia e falava que era na saída para o Detran [Departamento Estadual de Trânsito], mas, depois do sucesso do seu Dudu, que fez o primeiro Bifão da cidade, muita gente de fora vem conhecer. E assim foi inevitável a expansão da marca”, afirmou o empresário Felipe Padilha, de 35 anos.

‘Fila grande todos os dias’ motivou na expansão do famoso ‘Bifão’

(Madu Livramento/Jornal Midiamax)

Conforme o empresário, a expansão do negócio ocorreu no momento em que percebeu a “fila grande todos os dias”. “Olhava aquilo como não saudável e a cozinha não comportava a alta demanda, então, sabia que ia prejudicar em algum momento. Foi aí que houve a expansão para a Euclides da Cunha, e depois fomos convidados a participar do empreendimento do shopping, aí reforçamos ainda mais a marca, que pertence hoje não só a mim, mas, aos campo-grandenses”, comentou.

Instalado na praça, o Bifão tem lanchonetes como vizinhos, ao redor da “Praça da Coophasul” que, originalmente, leva o nome de “Praça O Índio”. Há décadas, vendem lanches, inclusive existe o “X-Coophasul”, no estilo “com tudo dentro”, açaí fresquinho e diversas delícias gastronômicas. Um dos locais, inclusive, foi até cenário para casamento recentemente.

Lanchonete foi cenário para casamento; noivo era português e ‘amou’ o bairro

Florice escolheu lanchonete do Coophasul como cenário para casamento (Madu Livramento/Jornal Midiamax)

“Eu conheci um novo amor, que é de , e aí eu fiz a escolha de casar aqui. Meu filho frequentava este estabelecimento e adorava, enfim, fiz a escolha na casa de acaí. É algo que nunca passou pela minha cabeça, nunca sonhei, mas, foi sensacional, não só pra gente, mas como para os convidados, desde a recepção”, iniciou a funcionária pública e educadora social, Florice Gonçalves Barbosa, de 53 anos.

Segundo a noiva, também teve comida portuguesa e água de coco, além de açaí e música ao vivo para os convidados.

Nas proximidades da praça, outro estabelecimento teve um crescimento absurdo e expandiu para pizzaria, mercado, tudo mantendo o mesmo nome: Renata. Aliás, mais um local foi adquirido e, em breve, será mais uma opção gastronômica para os moradores. Será o sushi? Conforme Luciana Farias, de 39 anos, que gerencia um deles, é segredo por enquanto!

“Vai fazer quatro anos aqui. Antes era do Bolinha e depois da se tornou o Renata Lanches. Antes, era do irmão dela, mas, a Renata comprou a lanchonete, depois a pizzaria, que já é referência com rodízio e a la carte na região, então, estamos sempre estudando e pensando em novidades. O começo é sempre difícil, mas, graças a Deus, ela resistiu, inovou, cresceu e hoje são 15 funcionários para dar conta do almoço e janta, fora os freelances que temos”, argumentou a gerente.

Pacu inteiro é novidade que atrai clientes de diversos bairros ao Coophasul

Como diferencial, o estabelecimento passou a comercializar o pacu inteiro e em fatias, o que se tornou um sucesso. “Deu super certo, foi uma ideia dela e do esposo dela, então, a gente recebe gente do Aero Rancho, Guanandi, Centro, e vários bairros da região nobre, só para provar este pacu. Sexta e sábado é dia de casa cheia e eu fico muito feliz. A empresa cresce, a gente cresce junto. Mais empresas, mais empregos, mais treinamentos, claro que mão-de-obra está difícil, principalmente na noite”, comentou Luciana.

Sobre o corredor gastronômico, Luciana fala que todo mundo se respeita e também trabalha em prol do crescimento do bairro. “Temos de tudo aqui. Eu, falando como moradora agora, acho excelente”, disse. O professor Ovídio da Conceição Batista Júnior, de 48 anos, que está há 8 anos na região, concorda.

“É um conforto chegar em casa oito, nove da noite e encontrar produtos para comprar. E tem também o Bifão da Coophasul, conveniência, pizzaria até com rodízio de massas e, inclusive, a , como é o caso do churros, que está sempre por aqui. Fora o fato de ser muito tranquilo e seguro. Sou muito feliz com a minha família pela estrutura do bairro e vizinhança”, opinou.

A praça também serve de parada estratégica para quem está começando um negócio ou apenas visita esporadicamente o bairro e vende os seus quitutes. É o caso do casal Joice Souza, de 35 anos, e Gean Serafim, de 46 anos. Em um trailer bem montado, ambos vendiam doces deliciosos e não, não se trata do morango do amor e sim churros gourmet.

“A gente criou essa variedade de sabores. Era uma franquia, mas, usamos o nosso nome próprio e começamos no interior”, disse Joice. E o marido complementa. “Nós vimos a oportunidade de crescimento e mudamos de mala e cuia para Campo Grande. E o churros é uma benção, desde criança até adulto, é um sucesso. Nosso diferencial é o produto de qualidade e preço acessível, então, a gente visita condomínios, feiras e pontos comerciais. O sabor favorito, o campeão, é o churros gourmet de morango, nutella e leite ninho”, finalizou.

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