Assim que a chuva deu trégua na estrada entre Bodoquena e Bonito (MS), uma sucuri-amarela (Eunectes notaeus) atravessou o caminho de um grupo de amigos que trafegava pela BR neste final de semana. O encontro rendeu um registro incrível que entrou para a coleção de avistamentos marcantes do fotógrafo Wilmar Carrilho, morador de Campo Grande e responsável pelas imagens.
Ao Jornal Midiamax, Wilmar relata que o encontro com a serpente aconteceu no sábado (29), por volta das 14 horas, no trecho da MS-339 que liga Bonito e Bodoquena. “Estava com uns colegas de trabalho, tinha chovido e, no momento, a garoa tinha parado”.
Acostumado a fotografar bichos, o profissional de imagens não perdeu tempo e imediatamente correu para fazer fotos do animal, que saltou aos olhos na estrada pela cor reluzente de sua pele. “Já desci [do carro] com o celular na mão e fiz o vídeo”, conta.
Arisca, a sucuri atravessou rapidamente a BR, se rastejando numa velocidade impressionante. “Nunca tinha visto, ela é bonitinha né, parece pele de onça“, comenta o fotógrafo, ainda encantado com a oportunidade de ter visto o animal de pertinho, com seus próprios olhos.
Veja o vídeo:
Sucuris-amarelas são típicas do Pantanal
A sucuri-amarela (Eunectes notaeus), também conhecida como sucuri do pantanal, é uma espécie de cobra originária de América do Sul. Ela é menor que a sucuri-verde (Eunectes murinus), e por isso, suas presas também são menores. Não é peçonhenta e mata suas “refeições” por constrição.
Em média, as sucuris-amarelas costumam ter de 3,3 a 4,4 metros de comprimento total. As fêmeas também costumam ser maiores do que os machos. O peso varia entre 25 e 35 kg, porém, os exemplares maiores podem ter até 55 quilos.
Sua alimentação consiste basicamente em aves, ovos, peixes, répteis (incluindo jacarés), pequenos mamíferos e até mesmo cervos, caititus e capivaras.
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