Johnny Depp negou as acusações de agressão sexual feitas contra ele pelo advogado de sua ex-esposa, Amber Heard, no primeiro dia do julgamento da atriz por difamação. A atriz entrou com o pedido de divórcio em 2016, após acusações de agressões e violência doméstica por parte do ator. Dali em diante, começava uma longa disputa não só na Justiça, mas também na internet.
Depp processou Heard por uma matéria de 2018 publicada pelo Washington Post. Nele, Heard diz ter sobrevivido à violência doméstica. Ela nunca mencionou Depp, mas seu advogado Ben Rottenborn passou a atribuir as agressões ao ator, que de acordo com ele assumiram muitas formas — incluindo abuso físico, emocional, verbal e psicológico. “Amber sofreu violência sexual nas mãos de Depp”, disse, de acordo com o site E!.
“Você ouvirá nos termos mais gráficos e horríveis sobre a violência que ela sofreu”, disse Rottenborn sobre o próximo testemunho de Heard. “Você vai ouvir isso direto dela. Ela vai depor e ela vai te dizer isso. Aconteceu”, insistiu Rottenborn.
Histórico
A advogada de Depp, Camille Vasquez, acusou Heard de fabricar as “falsas alegações” para impulsionar sua carreira à luz do movimento #MeToo, na época. Os advogados de Depp também argumentaram que Heard acrescentou agressão sexual a uma lista de alegações porque ela “entrou em pânico” quando percebeu a “seriedade do que alegou” e não pôde recuar de sua notoriedade como sobrevivente.
O ator já perdeu um outro caso de difamação em Londres em novembro de 2020. Ele processou o The Sun por chamá-lo de “espancador de esposa”, mas um juiz descobriu que o jornal provou que o artigo era substancialmente verdadeiro.
Depp e Heard se conheceram durante as filmagens de Diário de um Jornalista Bêbado, de 2011, e se casaram quatro anos depois. O casal se separou em maio de 2016 e Heard entrou com uma ordem de restrição por violência doméstica contra Depp, acusando-o de abuso.
