Vídeo do passado de Fernanda Torres está sendo propagado nas redes sociais como tentativa de “queimar” a imagem da atriz, indicada ao Oscar 2025 pela autação no filme “Ainda Estou Aqui”.
Nos últimos dias, grupos de haters da artista começaram a espalhar um corte antigo de uma esquete do “Fantástico”, na qual ela aparece fazendo blackface – ato de pintar a pele com tinta escura para simular ser uma pessoa negra.
O trecho tem sido compartilhado especialmente por internautas gringos que, incomodados com o barulho que a atriz tem feito nas premiações, estão tentando manchar sua reputação perante a crítica do cinema e, quem sabe, interferir no resultado do Oscar.
Veja:
Controversial Video Resurfaces of Oscar Nominee Fernanda Torres Performing in
— jam (@raregrove) January 26, 2025
Blackface. Typical Brazilians. pic.twitter.com/MuEKC2VLYI
Diante da má repercussão, Fernanda Torres foi acionada para comentar o tema e se desculpou profundamente pela atitude considerada racista.
“Há quase 20 anos, eu apareci usando blackface em uma esquete de comédia de um programa de TV brasileiro. Lamento imensamente por isso. Estou fazendo essa declaração porque é importante para mim abordar isso rapidamente para evitar mais dor e mal-entendido”, disse a intérprete de Eunice Paiva em um comunicado enviado ao portal Deadline.
Na mesma nota, a atriz justificou dizendo que, há duas décadas, a sociedade ainda não entendia o ato como preconceito.
“Naquela época, apesar dos esforços dos movimentos e organizações negras, a consciência sobre a história racista e o simbolismo do blackface ainda não havia alcançado o entendimento do público geral no Brasil. Graças a uma melhor compreensão cultural e conquistas importantes, embora incompletas, neste século, está muito claro agora em nosso país e em todos os lugares que o blackface nunca é aceitável”, argumentou.
Por fim, ela disse ter compromisso com as transformações do mundo e reforçou a importância de combater preconceitos. “Como artista e cidadã global, e de coração aberto, permaneço atenta e comprometida com a busca pelas mudanças essenciais para vivermos em um mundo livre de desigualdade e racismo”, concluiu.
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