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Lista de 300 palestinos que Israel pode soltar exclui presos por homicídio

Maioria dos nomes é de adolescentes presos em 2022 por atos como arremesso de pedras ou incitação
Agência Estado -
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Bandeira de Israel. (Divulgação, Pixabay)

O Ministério da Justiça de publicou uma lista de 300 detidos e prisioneiros palestinos que poderiam ser soltos pelo acordo de reféns fechado na madrugada de nesta quarta-feira (22), com o Hamas, em troca de uma trégua temporária na Faixa de Gaza. “O acordo não inclui a libertação de nenhum assassino por Israel”, disse o premiê Binyamin Netanyahu.

A maioria dos nomes na lista são adolescentes presos no ano passado por delitos como arremesso de pedras ou incitação. Nenhum deles foi condenado por homicídio, embora alguns tenham cumprido sentenças por tentativa de homicídio.

O mais jovem tem 14 anos e a lista inclui 40 mulheres. Os detidos serão libertados e devem seguir para suas casas na Cisjordânia, em Jerusalém Oriental e na Faixa de Gaza. Os militares israelenses afirmam ter detido mais de 1.850 palestinos desde o início da guerra, a maioria suspeitos de serem membros do Hamas. Israel mantém presos 7 mil palestinos acusados ou condenados por crimes de segurança.

Troca

Segundo o acordo de trégua, 50 reféns israelenses mantidos pelo Hamas serão libertados em quatro dias. A expectativa era a de que os primeiros pudessem libertados hoje, mas o conselheiro de Segurança Nacional de Israel, Tzachi Hanegbi, disse que a troca começaria amanhã. Durante o período de troca, os combates serão suspensos.

Depois disso, cada 10 reféns soltos resultarão em um dia adicional de pausa e na libertação de prisioneiros palestinos adicionais. Espera-se que Israel liberte 150 prisioneiros palestinos nos primeiros quatro dias, embora o Ministério de Justiça tenha publicado a lista de 300, caso o acordo seja estendido.

A publicação da lista dos palestinos detidos era parte do processo de promulgação do pacto, que poderia ser contestado na Justiça por israelenses vítimas de ataques terroristas. Ontem, a Suprema Corte negou a única contestação apresentada, da Associação de Vítimas de Terror de Almagor.

Segundo os termos acertados, ambos os lados libertarão primeiramente mulheres e crianças. O Hamas entregará os reféns a representantes do Comitê Internacional da Cruz Vermelha, que os acompanharão até a fronteira. Ontem, horas após a divulgação do acordo, os negociadores ainda tentavam definir detalhes cruciais.

O Hamas disse que centenas de caminhões carregando ajuda humanitária e combustível estariam permitidos a entrar em Gaza todos os dias. Suprimentos também chegariam ao norte do enclave, foco da ofensiva terrestre de Israel, pela primeira vez, segundo o grupo.

O comunicado do governo israelense não mencionou aumento de entregas de ajuda e gasolina. Israel tem limitado a quantidade de ajuda, especialmente de gasolina, provocando uma forte escassez de água, comida e combustível para os geradores de energia.

Trégua

Espera-se que os combates sejam interrompidos temporariamente: os jatos e as tropas israelenses suspenderão os bombardeios, enquanto os militantes deverão se abster de disparar foguetes. O Hamas disse que os aviões de guerra de Israel deixarão de sobrevoar o sul de Gaza durante a trégua de quatro dias e durante seis horas diárias sobre o norte de Gaza. Israel não fez menção à dos voos e não ficou claro se isso incluiria os sofisticados de inteligência, presença constante em Gaza.

O acordo, mediado por Catar, EUA e Egito, foi anunciado enquanto os combates se intensificavam na Cidade de Gaza. Ele encerra semanas de negociações indiretas e prepara o terreno para um período tenso que poderá determinar o curso da guerra, que caminha para sua sétima semana. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

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