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Índia e Paquistão escalam conflito e passam a bombardear alvos militares

Governo da Índia disse ter "neutralizado" o sistema de defesa aérea da cidade paquistanesa de Lahore
Agência Estado -
Soldados na região da Caxemira, entre a Índia, Paquistão e China (Foto: Getty Images)

Índia e Paquistão escalaram nesta sexta-feira, 9, o conflito e passaram a atacar alvos militares, com bombardeios pesados relatados dos dois lados da . Explosões foram registradas na cidade de Jammu, na Caxemira indiana, causando um blecaute total. O governo da Índia disse ter “neutralizado” o sistema de defesa aérea da cidade paquistanesa de Lahore.

A troca de fogo começou na quarta-feira, 7, (noite de terça-feira, 6, no Brasil), quando a Índia bombardeou “nove alvos terroristas” no território paquistanês – os ataques mais profundos dentro do Paquistão em décadas. A operação, segundo o premiê indiano, Narendra Modi, foi em retaliação a um atentado de combatentes islâmicos que matou 26 pessoas em Pahalgam, na Caxemira controlada pela Índia, em abril.

O governo paquistanês negou envolvimento no atentado e afirmou que a força aérea indiana atingiu seis localidades, nenhuma delas ligada às duas organizações terroristas mais famosas do Paquistão, o Lashkar-e-Taiba e o Jaish-e-Mohammad. Islamabad garante ter derrubado cinco caças da Índia, incluindo três jatos Rafale, de fabricação francesa – confirmou a derrubada de pelo menos uma aeronave.

Ontem, Índia e Paquistão continuaram a afirmar que não estavam buscando uma escalada no conflito. A realidade, porém, indicava que os dois arquirrivais não estão prontos para reduzir as tensões.

O governo indiano disse ter frustrado as tentativas paquistanesas de lançar drones e mísseis contra alvos militares em 15 cidades e vilas, incluindo Amritsar, Srinagar e Chandigarh O Ministério da Defesa da Índia citou ataques a três bases militares: em Jammu e Udhampur, na Caxemira, e Pathankot, no Estado de Punjab.

Reação

Um oficial de segurança do alto escalão do governo paquistanês afirmou ao jornal britânico The Guardian que o Paquistão ainda não havia iniciado os ataques retaliatórios contra os indianos. “Não disparamos nenhum míssil ou realizamos ataques com drones dentro da Índia ou em qualquer instalação militar”, afirmou. “Essas são notícias falsas de autoridades indianas. A resposta virá agora.”

O ministro da Defesa do Paquistão, Khawaja Asif, também negou que seu país seja responsável por qualquer ataque na Caxemira indiana. “Não atacaremos para depois negar”, disse Asif à BBC. “Todo o mundo ficará sabendo quando o Paquistão decidir atacar.” Fontes de segurança paquistanesas disseram que as alegações da Índia tinham como objetivo criar uma “narrativa enganosa” de que o Paquistão está realizando ataques dentro da Índia.

Escalada

Asif era um dos poucos dentro do governo paquistanês a adotar um tom moderado. Na quarta-feira, ele garantiu que o Paquistão já havia respondido ao abater aviões e drones indianos e prometeu não escalar o conflito se a Índia evitasse novos ataques e concordasse com uma investigação independente sobre a crise. Ontem, no entanto, o ministro alertou para a “possibilidade clara” de que o “confronto se expandirá”.

O ministro da Defesa da Índia, Rajnath Singh, justificou a escalada militar e não afastou novas ações. “Sempre desempenhamos o papel de uma nação responsável”, disse. “Se alguém tentar tirar proveito de nossa paciência, deveria estar preparado para enfrentar ataques como os de ontem.”

Em um sinal da preocupação internacional com o conflito, o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, conversou ontem com líderes dos dois países e enfatizou a necessidade de “redução imediata da escalada”, de acordo com o Departamento de Estado. Já o americano, J.D. Vance, afirmou que a Casa Branca não pretende se meter na crise. “Não é da nossa conta”, disse.

Diplomatas de Irã e Arábia Saudita tentam mediar um acordo

Os dois principais diplomatas de Irã e Arábia Saudita estiveram ontem em Nova Délhi para tentar mediar um acordo entre Índia e Paquistão. Os chanceleres iraniano, Abbas Araghchi, e saudita, Adel al-Jubeir, desembarcaram na capital indiana e se reuniram separadamente com representantes do governo da Índia.

O Irã, governado por uma teocracia xiita, e a Arábia Saudita, uma monarquia sunita, são arquirrivais regionais e disputam influência no Golfo Pérsico. Os dois países têm laços estreitos com indianos e paquistaneses.

O Irã é um velho aliado da Índia – os indianos continuam comprando petróleo iraniano, apesar das sanções. Os sauditas sempre apoiaram o Paquistão, mas ultimamente vêm sendo cortejados pelo premiê da Índia, Narendra Modi, que estabeleceu uma relação pessoal com o príncipe herdeiro, Mohamed bin Salman. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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