Milhares de pessoas saíram às ruas neste sábado (18/10) nos Estados Unidos em protestos organizados contra o presidente americano, Donald Trump.
A primeira entre as mais de 2.500 manifestações em todo o território do país aconteceu na cidade de Nova York, onde por volta do meio-dia do horário local uma multidão se reuniu na região da Times Square.
Muitos dos manifestantes carregavam faixas e cartazes, alguns com os dizerem “No Kings”, em uma referência à campanha que dá nome aos protestos, organizada por uma coalizão de grupos de esquerda.
Atos sob essa mesma bandeira feitos pelo grupo em junho reuniram mais de cinco milhões de pessoas em todo o país e foram, em grande parte, pacíficos.
O nome faz referência à crítica que alguns americanos fazem a Donald Trump apontando que ele agiria de forma autoritária, como um rei.
“O presidente acha que seu governo é absoluto”, diz a página na internet dedicada aos atos.
“Mas na América não temos reis e não recuaremos diante do caos, da corrupção e da crueldade”, completa o texto.
Aliados do presidente acusaram os manifestantes de estarem alinhados com o movimento de extrema esquerda Antifa e condenaram o que chamaram de “manifestação de ódio à América”.
Governadores republicanos em vários Estados americanos colocaram tropas da Guarda Nacional de prontidão à espera de eventuais episódios de violência.
Os protestos devem continuar em todo o país ao longo do dia em cidades de uma costa a outra do país, incluindo a capital, Washington, e locais como Nova Orleans, Atlanta, São Francisco, Los Angeles e Las Vegas.
Também foram organizadas manifestações em diversas cidades da Europa, entre elas Berlim, na Alemanha, Madri, na Espanha, e Roma, na Itália.
Em uma entrevista à Fox News programada para ir ao ar no domingo, Trump aparentemente se referiu aos atos.
“Um rei! Isso não é uma encenação”, disse o presidente em um trecho da entrevista veiculado no sábado. “Sabe, eles estão se referindo a mim como um rei. Eu não sou um rei.” Políticos republicanos levantaram a possibilidade de intervenção policial caso houvesse violência.
“Teremos que chamar a Guarda Nacional”, disse o senador do Kansas Roger Marshall antes dos protestos”. “Espero que seja pacífico. Duvido.”
O governador do Texas, Greg Abbott, deixou a Guarda Nacional do Estado de prontidão às vésperas de um protesto marcado na capital, Austin, argumentando que a mobilização de tropas era necessária devido à “manifestação planejada ligada à Antifa”.