O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que pretende usar a força econômica ou a força militar para tomar o controle da Groenlândia ou do Canal do Panamá. “Falando de Groenlândia e do Canal do Panamá. Eu não posso me comprometer agora. Pode ser que tenhamos que fazer alguma coisa”, disse durante coletiva nessa terça-feira (7).
Trump já havia falado em comprar a Groenlândia anteriormente, mas foi a primeira vez que citou eventual uso das forças armadas. Ele ainda questionou o controle da Dinamarca sobre a ilha e disse se preocupar com a segurança nacional dos EUA.
“Ninguém sabe se a Dinamarca tem qualquer direito a ela, mas, se tiver, tem de abrir mão, porque nós precisamos para nossa segurança nacional”.
Risco da ‘influência chinesa’ na região
Quanto ao Canal do Panamá, o republicano acusou o país de cobrar taxas muito altas para o uso do local. Segundo ele, existe o risco de influência chinesa na região, por haver dois portos próximos administrados por uma empresa de Hong Kong.
“Se os princípios, tanto morais quanto legais, deste gesto magnânimo de doação não forem seguidos, então exigiremos que o Canal do Panamá seja devolvido a nós, integralmente, rapidamente e sem questionamentos”, afirmou o presidente eleito.
Entretanto, nenhum dos representantes dos alvos de Trump concordaram com as declarações.
Múte Egede, primeiro-ministro da Groenlândia, afirmou que a ilha “não está e nunca estará à venda”. A primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksenpel, repetiu a posição e acrescentou que “a Groenlândia pertence aos groenlandeses”.
O chanceler do Panamá, Javier Martínez-Acha, também reagiu negativamente às falas de Trump. “A soberania de nosso canal não é negociável, é parte de nossa história de luta e uma conquista irreversível” (com informações do UOL e g1).
*Texto com supervisão de Guilherme Cavalcante
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