Uma grande manifestação contra a interceptação israelense da flotilha humanitária “Global Sumud” afeta a Itália nesta sexta-feira (3), pelo segundo dia consecutivo.
Segundo autoridades locais, uma multidão de cerca de 10 mil pessoas protesta em frente ao Coliseu de Roma, praticamente paralisando os transportes públicos nas principais cidades do país. Diversas viagens de trem foram canceladas ou sofreram atrasos de mais de uma hora.
ATENÇÃO!! Centenas de milhares de pessoas saem às ruas em ROMA, na Itália, após Israel sequestrar barcos da Flotilha que levava ajuda humanitária a Gaza!!
O MUNDO INTEIRO está contra o GENOCÍDIO!!pic.twitter.com/cWeh6zbwBf— Thiago dos Reis 🇧🇷 (@ThiagoResiste) October 2, 2025
O vice-primeiro-ministro italiano e ministro dos Transportes, Matteo Salvini, afirmou que “hoje, um milhão de italianos ficarão parados nas estações”. O dirigente do sindicato CGIL, Maurizio Landini, disse que não há lugares sem protesto, e que “isso demonstra a humanidade e a determinação das pessoas honestas que querem pôr fim ao genocídio e veem que os governos e os Estados fingem não ver ou são mesmo cúmplices com o que se passa em Gaza.”
Na última quinta (2), manifestantes pró-palestinos se concentraram no Mude (Museu de Design de Lisboa), enquanto mais de mil pessoas se reuniram no Porto, contra a detenção da flotilha humanitária com destino a Gaza, que incluía quatro portugueses. Também foram detidos 30 espanhóis, 22 italianos, 21 turcos, 12 malaios, 11 tunisinos, 11 brasileiros e 10 franceses, além de cidadãos dos Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, entre outros.
Conforme a lei de Israel, depois de detidos, os membros da flotilha podem ser deportados 72 horas após a emissão da ordem, ou podem aceitar a expulsão voluntariamente, como ocorreu com quatro dos 12 ativistas a bordo em uma embarcação interceptada por Israel em junho.
*Com informações de agências internacionais
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(Revisão: Bianca Iglesias)
