O alpinista Abdul Agan, voluntário que tentou salvar a brasileira Juliana Marins, que caiu durante trilha no vulcão Rinjani, na Indonésia, afirmou que arriscou sua vida no percurso.
Em entrevista ao “Fantástico“, ele contou que caíam pedras perto da cabeça dos socorristas. “Eu me machuquei, um amigo meu foi internado no hospital. Muitas vezes, caíam pedras perto da nossa cabeça”, disse. Ele estava junto de outros três homens que passaram a noite no penhasco.
Agan disse sentir necessidade de ajudar quando soube do caso, pela internet, e se sentiu muito decepcionado ao encontrar a brasileira morta.
“Me senti muito decepcionado porque eu esperava que Juliana ainda estivesse viva.”
Durante os últimos dez anos, Agan resgatou 21 turistas com vida e outros nove mortos no Rinjani, segundo contou. No Brasil, ele é visto como herói, agradeceu pelo carinho, mas lamentou não conseguir trazer Juliana viva.
“Eu não sei o que dizer, mas obrigado aos meus amigos e brasileiros que acreditam em mim. Eu só quero pedir desculpa para a família por não conseguir salvar Juliana”, afirmou o voluntário.
Vaquinha cancelada
Nas redes, brasileiros se mobilizaram para ajudar Agan e criaram uma vaquinha on-line, que chegou a arrecadar R$ 500 mil. No entanto, ela foi cancelada devido à alta taxa cobrada sobre o valor arrecadado, de 20%.
A decisão dividiu opiniões, entre os que entendem como “abuso” da plataforma e outros que afirmaram que “criou expectativa no rapaz e deixou no vazio”.
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