Pular para o conteúdo
Polícia

PF indicia por ‘incitação ao crime’ fazendeiro que anunciou guerra contra índios em MS

PF indicia fazendeiro de Mato Grosso do Sul que prometeu 'dar índios para os porcos comerem' após retomadas de terras indígenas.
Arquivo -

O Luis Carlos da Silva Vieira, conhecido como “Lenço Preto”, foi indiciado pela Polícia Federal na última quinta-feira (30) pelo crime previsto no artigo 286 do Código Penal Brasileiro, que é incitar publicamente a prática de um crime.

Ele declarou em entrevista gravada e em vídeo ao Jornal Midiamax que estaria convocando pessoas para a “guerra” contra os índios na região de , a 477 quilometros de . ‘Lenço Preto é herdeiro de terra na região e tinha gado em uma das fazendas retomadas no último dia 10 de agosto na tekohá Arroyo Corá.

De acordo com o delegado da Delinst (Delegacia de Assuntos Institucionais da Polícia Federal), Marcelo Alexandrino de Oliveiro, a PF indicia o fazendeiro após investigar o flagrante registrado em vídeo e gravado pela equipe de reportagem do Jornal Midiamax.

“O indiciamento mostra o compromisso da Polícia Federal de cumprir com o seu dever legal de manter a paz na região”, explicou. “A Polícia Federal não admitirá ameaças nem violências, seja por parte dos indígenas, seja por parte dos fazendeiros”, disse Marcelo Alexandrino.

“O que sobrar, nós vamos dar para os porcos comerem”

No vídeo, Luis Carlos da Silva Vieira declarou que reuniria os fazendeiros e os armaria para uma guerra contra os índios.

“Se o Governo quer guerra, vai ter guerra. Se eles podem invadir, então nós também podemos invadir. Não podemos ter medo de índio não. Nós vamos partir pra guerra, e vai ser na semana que vem. Esses índios aí, alguns perigam sobrar. O que não sobrar, nós vamos dar para os porcos comerem”, disparou.

O fazendeiro contou que já houve conversas com outros produtores da região e confirmou que o conflito armado foi considerado uma opção.

“A maioria dos fazendeiros está comigo. Arma aqui é só querer. Eu armo esses fazendeiros da fronteira rapidinho, porque o Paraguai fica logo ali, e na guerra não tem bandido”, avisou.

PF indicia e monitora

Além do indiciamento, o delegado Marcelo Alexandrino garantiu que a Polícia Federal está monitorando a situação na região de conflito fundiário e que a prova disso foi a polícia ter acompanhado a retirada do gado que estava na área retomada pelos índios. (Material editado às 00h05 de 4/9/2012)

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

Em surto, homem é ferido a tiros após tentar atacar PM com faca em Angélica

AWS: plataformas continuam com falhas após pane global da Amazon

consórcio

Denúncia em relatório pode indiciar empresários do Consórcio Guaicurus por improbidade

Vendedor de doces é preso após invadir Camelódromo e chutar segurança em Campo Grande

Notícias mais lidas agora

Ministério Público: 98% dos membros recebem acima do teto constitucional, aponta levantamento

Disputa de facções teria motivado execução de brasileiro em estacionamento de shopping na fronteira

bonito

Justiça nega liberdade a ex-secretário e empreiteiro presos por corrupção de desvios de R$ 4 milhões 

Executado em shopping na fronteira tentou ser vereador em Coronel Sapucaia em 2024

Últimas Notícias

Polícia

Brasileiro executado em shopping recebeu 16 tiros em Pedro Juan Caballero

Jonathan Medeiro da Fonseca, de 36 anos, tentou ser vereador por Coronel Sapucaia, mas ficha pregressa fez TRE-MS o considerar 'inapto'

Transparência

Santa Casa vai ao STJ para ‘acelerar’ repasse de R$ 46 milhões retidos desde a covid

Justiça colocou pagamento na fila de precatórios, mas hospital tenta reverter decisão em Brasília

Cotidiano

De emprego a beleza, ‘Todos em Ação’ leva mais de 200 serviços gratuitos ao Distrito de Anhanduí

Moradores terão atendimentos em saúde, beleza, assistência social, cidadania, emprego, documentação, serviços administrativos, entre outros

Brasil

Advogada que se pendurou no 12º andar para salvar família de incêndio está em estado gravíssimo

Mulher se pendurou em ar-condicionado para resgatar mãe e primo e teve 63% do corpo queimado