Homens falavam português, usavam capuz e roupas de paramilitares
O ministro do interior do Paraguai, Lorenzo Lescano, declarou que os assaltantes que invadiram e levaram R$ 120 milhões da empresa de transporte de valores Prosegur, na madrugada desta segunda-feira (24), eram brasileiros.
A declaração foi feita nesta manhã em entrevista à rádio ABC Cardinal. “São de nacionalidade brasileira e atuaram num grupo de 40 a 50 pessoas, com armas de grosso calibre. Foi uma operação bem planejada”, afirmou.
A promotora de Justiça Denise Duarte, que esteve no local do crime, disse que os criminosos falavam português. “Vizinhos do local ouviram que os bandidos falavam português e estavam encapuzados, vestidos como paramilitares”.
A ação dos bandidos durou quatro horas, deixando um policial morto e quatro pessoas feridas. De acordo com a ABC Cardinal, foram feitas oito detonações de dinamite dentro da base da transportadora Prosegur.
Quinze veículos da empresa foram incendiados. Para impedir que carros chegassem até à transportadora, os criminosos espalharam espinhos de metal nas pistas próximas, para furar os pneus dos automóveis que passassem.
O ministro paraguaio disse que as autoridades locais já tinham uma pista de que o ataque poderia acontecer, mas não sabiam data, local ou intensidade da ação.
A polícia paraguaia liga o roubo, considerado um dos maiores da história do país, à organização criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital)
O Ministério da Educação do Paraguai suspendeu as aulas na Cidade do Leste e na vizinha Hernandarias em razão do ataque.
O governo federal do país vizinho autorizou o uso das forças armadas em auxílio ao policiamento nesta segunda-feira nas áreas atingidas.
(com supervisão de Evelin Cáceres)
