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Polícia

Gaeco investiga outros 11 policiais militares na Operação contra a ‘Máfia do Cigarro’

O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) investiga outros 11 policiais militares suspeitos de envolvimento na chamada ‘Máfia do Cigarro’. Na presença de advogados, os policiais prestaram depoimento nesta quarta-feira na sede do Gaeco para dois promotores que participam da investigação sobre a atuação de uma rede de policiais corruptos na […]
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O (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) investiga outros 11 policiais militares suspeitos de envolvimento na chamada ‘Máfia do Cigarro’. Na presença de advogados, os policiais prestaram depoimento nesta quarta-feira na sede do Gaeco para dois promotores que participam da investigação sobre a atuação de uma rede de policiais corruptos na ‘Máfia do Cigarro’.

Nesta quarta, o Gaeco voltou às ruas de Campo Grande para dar continuidade à operação e cumpriu mandados de busca e apreensão nas casas dos novos alvos.

Na semana passada, durante a deflagração da Operação, 21 policiais militares foram presos acusados de integrar um esquema que corrupção. Entre os presos havia comandantes de batalhões e o sargento Ricardo Campos Figueiredo,  que atuava como assessor na Secretaria do Governo. Destes, apenas o sargento foi libertado por meio de um habeas corpus.

Na semana que vem será a vez dos policiais presos prestarem depoimento.

O advogado da Associação de Cabos e PMs, Edmar Soares da Silva, defende seis policiais e confirmou que eles depuseram na condição de investigados. Segundo ele, os promotores apreenderam com seus clientes documentos, celulares, agendas e anotações.

Silva acompanha os depoimentos e diz que as interceptações telefônicas citadas no processo não evidenciam a participação de seus clientes. Ainda segundo ele, seus clientes negam qualquer tipo de envolvimento com o esquema.

Investigação

A investigação teve início em abril do ano passado, quando a corregedoria da Polícia Militar repassou aos promotores denúncias sobre “rede de policiais militares, maioria da fronteira, envolvidos em crime de corrupção e organização criminosa”.

Os promotores reforçam que militares de diferentes patentes e regiões do Estado se associaram para facilitar o contrabando. Em troca, os militares recebiam propinas de até R$ 100 mil para fazer “vista grossa” e até repassar informações sigilosas aos contrabandistas.

Em alguns casos, os PMs sequer iam para a rodovia fazer a fiscalização, evitando, assim, contato com as cargas de cigarro.

Policiais afastados

Todos os 21 policiais foram afastados e substituídos. De acordo com Comando Geral da Polícia Militar, as denúncias já eram investigadas pelas corregedorias da Polícia Militar, Civil e Federal. Concluídas, as investigações serão enviadas para o Ministério Público Estadual, Auditoria Militar Estadual ou Ministério Público Federal.

Foram presos durante a operação Admilson Cristaldo Barbosa, Luciano Espíndola da Silva, Ricardo Campos Figueiredo, Anderson Gonçalves de Souza, Angelucio Recaldi Paniagua, Aparecido Cristiano Fialho, Claudomiro de Goez Souza, Clayton de Azevedo, Elvio Barbosa Romeiro, Ivan da Silva, Van Edemilson Cabanhe, Jhondenei Aguilera, Lisberto Sevastião de Lima, Marcelo de Souza Lopes, Nazario da Silva, Nestor Bogado Filho, Nilson Procedônio Espíndola, Roni Lima Rios e Valdson Gomes de Pinho.

Vale lembrar que todos são, por enquanto, apenas investigados. Alguns casos possuem bastante indícios de envolvimento, e haveria situações de flagrante enriquecimento ilícito, mas o rumo das suspeitas ainda depende do trabalho investigativo que está sendo realizado pela Corregedoria e pelo Gaeco.

Operação

A megaoperação contou com a participação de cerca 125 policiais militares e nove promotores de Justiça. Os mandados tiveram como alvo residências e locais de trabalhos dos investigados, distribuídos nos municípios de Campo Grande, , Jardim, Bela Vista, Bonito, , Maracaju, Três Lagoas, Brasilândia, Mundo Novo, Nova Andradina, Boqueirão, Japorã, Guia Lopes, Ponta Porã e Corumbá.

Todas as cidades fazem parte da chamada ‘rota cigarreira’, que integra rodovias, estradas e cabriteiras usadas para transportar cigarros produzidos no Paraguai e vendidos ilegalmente nas ruas de cidades brasileiras a preços bem menores que os oficiais, por não pagar impostos.

Dentre os policiais militares presos, estão praças e oficiais. Após a realização dos procedimentos de praxe e eventuais lavraturas de autos de prisão em flagrante pela Corregedoria da Polícia Militar, serão encaminhados ao presídio militar de Campo Grande.

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