Durante seu julgamento na manhã desta quarta-feira (19), em Campo Grande, André Abner Correa de Andrade, conhecido como ‘gordinho’ disse não ser integrante de facção criminosa e que teria assassinado Mauro Eder Araújo Pereira de 31 anos, conhecido por ‘Fininho’, por causa, de uma dívida de drogas.
Abner contou que ‘Fininho’ teria roubado 100 gramas de pasta base de cocaína dele e que no dia do crime, Mauro teria ido acompanhado de Maycon, que já morreu, no Jardim Noroeste para comprar drogas com ele.
Quando os dois chegaram na esquina de sua casa em um veículo Fiat Uno, Abner teria reconhecido ‘Fininho’ como o autor do roubo, sendo que ele contou a Maycon e os dois armaram um plano para executar Mauro.
‘Gordinho’ foi até a sua casa para buscar um revólver e saiu na companhia de Maycon, que sabia do plano, e de ‘Fininho’. Ele teria dito que os três iriam até outro bairro para comprar drogas. Mauro foi levado para a BR-262 próximo ao Clube Atlântico, onde foi executado com vários tiros na cabeça.
Quando questionado se fazia parte da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) e que a ordem de matar ‘Fininho’ teria vindo da facção, Abner respondeu que não era integrante de facção nenhuma e que não conhecia nenhuma das pessoas citadas no inquérito pela polícia. “Não recebo ordens de ninguém”, foi o que ele disse. A vítima teria sido mantida em cárcere privado, sendo levada a cinco casas onde passou pelo ‘Tribunal do Crime’ do PCC (Primeiro Comando da Capital).
Segundo a promotoria, Abner, dias antes do assassinato teria roubado a mando de um detento e integrante da facção, um celular de sua esposa, conhecida como ‘Branca’ já que estaria desconfiado que estava sendo traído. ‘Gordinho’ negou tudo e afirmou que cometeu o crime por dívida de drogas.
A morte
O corpo de ‘Fininho’ foi encontrado próximo ao clube Clube Atlântico na BR-262, no dia 20 de julho de 2017. Segundo a polícia na época, o cadáver estava no local a cerca de dois meses, e foi localizado em avançado estado de decomposição.
