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Polícia

Defesa de conselheiro do TCE-MS diz não haver fatos novos e fala em ‘perseguição política’

A defesa de Jerson Domingos, ex-deputado e conselheiro do TCE-MS (Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul), alega não haver fatos novos que motivassem a prisão dele ocorrida nesta quarta-feira (18), durante a terceira fase da Operação Omertà, realizada em Campo Grande e no interior. Ele estaria sendo alvo de suposta perseguição […]
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A defesa de , ex-deputado e conselheiro do TCE-MS (Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul), alega não haver fatos novos que motivassem a prisão dele ocorrida nesta quarta-feira (18), durante a terceira fase da Operação Omertà, realizada em e no interior. Ele estaria sendo alvo de suposta perseguição política, tendo em vista o fato de ser cunhado, irmão da esposa, de Jamil Name, outro investigado no processo.

No início desta tarde, o Davi Moura de Olindo, de Sidrolândia e que já defende Jamil Name no caso da morte do estudante Matheus Coutinho Xavier, e que agora atua no caso de Jerson, entrou em contato com a reportagem do Midiamax, alegando ausência de provas consistentes contra o conselheiro. Davi ainda que foi a primeira pessoa para quem Jerson ligou ao saber da prisão, pois são amigos de longa data.

“O resultado da prisão são fatos velhos. A defesa até estranha que tenha sido feita tal solicitação, já que o próprio Ministério Público, ainda na segunda fase da Omertà, disse que as investigações estavam adiantadas e que não havia necessidade da prisão”, afirmou o advogado, na tentativa de justificar a tese de não haver ‘novidades’. Segundo ele, Jerson está preso simplesmente pela proximidade que tem com o cunhado Name e outros familiares.

“Estão aviltando a história de um homem que atuou 20 anos como deputado estadual, oito anos como presidente da Assembleia Legislativa e agora como conselheiro do TCE. Tem endereço fixo e exerce cargo público. Parece que estão querendo apenas uma exposição”, pontuou. Na segunda fase da operação, em março deste ano, policiais encontraram uma arma ilegal, sem registro, no apartamento do conselheiro, além de outras armas e uma motocicleta roubada encontradas na fazenda.

Por conta disso, Jerson Domingos acabou conduzido para a delegacia para esclarecimentos. Ele teria dito aos policiais, na segunda fase, quando questionado sobre a arma, que não se lembrava e que era velha (o revólver). Agora, Jerson Domingos foi levado para sede do Garras nesta quinta-feira, por suspeita de suposto envolvimento com a milícia investigada no âmbito da Operação Omertà. “A representação, com quase 300 páginas, fala do mesmo fato que levou às buscas na residência dele, e que o próprio MP alegou não haver necessidade de prisão”, esclareceu Davi.

A defesa disse ainda que o (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), responsável pela Omertà, usou como provas conversas de Jerson com Name, com o sobrinho Jamil Name Filho, com a irmã Tereza Name. “Por acaso é proibido falar com familiares?”, teria questionado Jerson à defesa. O conselheiro foi preso em uma fazenda na cidade de , trazido para o Garras em Campo Grande e encaminhado para exame de corpo de delito.

Omertà fase três

Foram cumpridos em Campo Grande, onde o delegado Márcio Shiro Obara, ex-titular da DEH (Delegação Especializada de Homicídios) também foi preso e o investigador da mesma unidade da Polícia Civil de MS, Célio Rodrigues Monteiro, é alvo de mandado.

Outras quatro pessoas foram presas e todas têm algum tipo de ligação com o empresário Jamil Name. Em Ponta Porã, a 346 quilômetros de Campo Grande, mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos em imóveis de Fahd Jamil, empresário que já foi investigado e condenado por narcotráfico, por equipes do Garras e do Gaeco.

Omertà: suspeita de milícia armada

Na primeira fase da Omertà, o empresário Jamil Name, Jamil Name Filho, além de policiais civis e guardas municipais foram presos por suspeita fazerem parte de suposta milícia armada.

As investigações tiveram início em abril de 2019, com o objetivo de apoiar as investigações dos homicídios de Ilson Martins Figueiredo, Orlando da Silva Fernandes e Matheus Coutinho Xavier, conduzidas pelo Garras.

Na segunda fase da Operação Omertà, em março de 2020 foram cumpridos 18 mandados de busca e apreensão em cinco cidades de Mato Grosso do Sul e em João Pessoa, na Paraíba.

Em seguida, foi deflagrada nova fase após descoberta de suposto plano contra autoridades, entre elas promotor de Justiça do MPMS (Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul) que atua no Gaeco.

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