Pular para o conteúdo
Polícia

Após 6 meses sem ver filho, mãe descobre que garoto foi estuprado dentro da Unei Dom Bosco

Rapaz foi cercado, agredido e estuprado por colegas de cela
Arquivo -

Há quase seis meses, a mãe do garoto que foi estuprado dentro da Unei (Unidade Educacional de Internação) Dom Bosco, em , na última quinta-feira (15), recebeu uma notícia pior do que a apreensão do filho. O rapaz, agora com 18 anos, foi cercado, agredido e estuprado por colegas que dividiam o alojamento 1, na Ala D, da maior unidade de apreensão do Estado.

Um agente de segurança contou que, por volta das 20h30, ouviu gritos vindos do alojamento e, ao chegar, a briga já havia sido apartada. O garoto relatou ter sido estuprado pelos colegas, que ainda o obrigaram a abaixar o short e teriam dito “vamos fazer com você o que fizeram com o mascotinho” – se referindo a outro caso de estupro de menor de idade.

A mãe afirma não ter visto o filho durante os quase seis meses de apreensão. Em outubro de 2020, já durante a pandemia de Covid-19, ele foi pego junto a outros rapazes maiores de idade, roubando uma motocicleta. Há três meses o juiz determinou que ele fosse transferido para a Dom Bosco, onde cumpre a pena do crime análogo à roubo, previsto pelo ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente).

A mãe ficou sabendo do caso de estupro pela reportagem do Jornal Midiamax. Ainda assustada, procurou a assistência social da Unei e foi informada de que “se tratava apenas de uma briga, mas o garoto passava bem”. Ao questionar sobre o porquê de não ter sido avisada do ocorrido com seu filho, recebeu como resposta que “não tinha atendido o telefone quando fizeram contato”.

“Desde que ele entrou lá eu nunca mais o vi, fora uma vez, quando fui levar comida para ele. Não estão deixando entrar por causa da pandemia. Eu como mãe fico desesperada, não sei o que fazer”, relata.

A mulher – que não será identificada para preservar os envolvidos, que incluem menores de idade – diz não ter condições financeiras de procurar um advogado. “Não sei se consigo tirar ele de lá. A defensoria está funcionando?”, questiona à reportagem. Ela aguarda um segundo contato, prometido pela assistência social da e pretende procurar a delegacia responsável pelo caso, a DEAIJ (Delegacia Especializada de Atendimento à Infância e Juventude).

O que diz a Unei

Conforme informado pela (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública), responsável pela Uneis no Estado, “de imediato todas as providências foram tomadas e o Socioeducando (vítima) foi encaminhado para o atendimento médico, delegacia de polícia, onde foi registrado Boletim de Ocorrência, bem como para o IML (Instituto Médico Legal)”.

A nota prossegue alegando que “atualmente o adolescente já passou por atendimento da equipe multidisciplinar da Unidade”. Uma sindicância preliminar foi instaurada para apurar os fatos.

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

Espaço kids é aposta para atrair famílias a restaurantes em Campo Grande

Ao tentar salvar irmãos, jovem é ameaçada de morte pelo padrasto em MS

Concurso para atuar na MSGás segue com inscrições abertas até novembro

Mulher é espancada e mantida em cárcere privado por marido ex-presidiário

Notícias mais lidas agora

Com licenciamento ‘em xeque’, expansão de mineração em Corumbá é investigada

Pode levar garrafa d’água? Confira regras para ir à Supercopa de Vôlei e respostas para outras dúvidas

Passageiro de carro que bateu contra muro de condomínio morre e motorista é preso

MS tem quatro municípios no ‘top 20’ do agronegócio nacional, aponta estudo

Últimas Notícias

Cotidiano

Justiça Eleitoral inicia plantão para regularização do título a partir desta segunda-feira

O atendimento ocorre até sexta-feira (24), das 8 às 18h

Trânsito

Subnotificada, colisão traseira soma 890 casos em MS; quem tem a culpa?

Advogado explica como o Código de Trânsito considera a ocorrência, a 3ª mais incidente no Estado

Trânsito

Programe-se: Agetran divulga ruas que serão interditadas neste domingo em Campo Grande 

Bloqueios ocorrem para a realização de atividades culturais

Política

Quem agredir ou desacatar profissionais de saúde em MS poderá pagar multa

Projeto de lei é de autoria da deputada Lia Nogueira (PSDB)