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Polícia

Fenaj pede afastamento do governador de MT por suposto uso da polícia contra jornalistas

Governador diz que pedido 'beira o ridículo' e não possui base jurídica
Aline Machado -
Governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (Foto: Reprodução Redes Sociais)

A Fenaj (Federação Nacional dos Jornalistas) e o Sindjor-MT (Sindicato dos Jornalistas de Mato Grosso) pediram à PGR (Procuradoria Geral da República) intervenção no Estado e o afastamento do governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União) pelo ‘uso da polícia contra jornalistas’.

Segundo nota publicada pela Fenaj, apenas no último ano, o governador moveu ações judiciais contra 15 jornalistas que publicaram matérias envolvendo atos dele, enquanto gestor, e de seus familiares. A Federação defende que Mendes cometeu ataques aos profissionais e feriu a liberdade de imprensa, de expressão, além de, preceitos de Direitos Humanos.

“O exercício do jornalismo, portanto, requer que uma pessoa se envolva em atividades que estão definidas ou compreendidas na liberdade de expressão garantida na Convenção”, observa.

Ainda de acordo com a Fenaj, a DRCI (Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Informáticos) abriu inquérito contra os jornalistas Pablo Rodrigo, Ulisses Lalio, Daniel Pettengill e Haroldo Arruda Jr. Estes profissionais teriam publicado reportagens que afirmam que o filho do governador, Luis Antônio Taveira Mendes, era investigado pela no âmbito da Operação Hermes, além de matérias sobre pedido de autorização para implantação de Pequenas Centrais Hidrelétricas por familiares e amigos do gestor do Estado. Questões que são negadas pelo governador.

O presidente do Grupo Gazeta de Comunicação, João Dorileo Leal, também compõem a lista de processados por Mendes e sua família. A Federação também cita ainda: Victor Nunes, Maria Nogueira, Janice Ortis Ramos, Edivaldo de Sá Teixeira, Rodrigo Gomes Vieira, Edina Ribeiro de Araújo, João Adevilson de Souza, Marcos Fabiano Peres Sales e Ari Dorneles Pereira.

O pedido feito à PGR também destaca o caso do jornalista Alexandre Aprá que, segundo afirma a Fenaj e o Sindjor-MT, foi perseguido por um detetive, que teria assumido ter sido contratado por Mendes a fim de incriminar o profissional. A Federação e o sindicato também ressaltam a Operação Fake News contra jornalistas e outras ações na justiça com pedidos de indenizações com alto valor.

“Inviabilizar de que a notícia chegue à sociedade, rebaixando os atos de imprensa como um simples instrumento de ‘reprodução’ de release dos órgãos públicos, afastaria por completo a independência critica e a liberdade de informar dos veículos de comunicação”, diz parte pedido.

Governador cita ‘armação’

Em carta aberta no Instagram, o governador citou ‘armação’ e disse que a veiculação das reportagens está associada aos adversários políticos que, segundo ele, mantém ligação com a imprensa local.

“Há muito tempo os meus adversários políticos aliados a uma pequena parte da imprensa que teve interesses contrariados, tentam atingir a mim de forma pessoal ou empresarial, bem como atingir minha esposa, meu filho, e a minha família. Sempre com armações, pois nunca conseguiram me atacar na condição de prefeito ou governador”, diz o início da publicação.

Procurada pela equipe de reportagem do Jornal Midiamax, para falar sobre o pedido feito pela Fenaj e pelo Sindjor-MT, a assessoria de comunicação do governador enviou a seguinte nota:

“Qualquer pessoa que difamar ou caluniar alguém pode ser processado por isso. Em nosso entendimento, os jornalistas envolvidos cometeram esse crime e por isso estão sendo processados. O que há de errado nisso? Alguns deles têm longa ficha de processos por crimes dessa mesma natureza, e várias condenações. Esse pedido beira o ridículo e não possui nenhuma base jurídica”, conclui.

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