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Polícia

Maníaco do Parque das Nações fica em silêncio em interrogatório e é levado para presídio

Juiz converteu a prisão em monitoramento, mas como havia mandado de prisão preventiva ele foi encaminhado para o IPCG
Thatiana Melo, Mirian Machado -
(Reprodução)

Após dizer que ‘não consegue se segurar’ quando questionado no momento de sua prisão, José Carlos Santana, de 37 anos, o ‘Maníaco do Parque das Nações Indígenas’, exerceu o direito de ficar em silêncio durante interrogatório na delegacia. Ele foi preso na segunda-feira (2) após voltar a cometer crimes de estupro em série em .

José passou por audiência de custódia na manhã desta quarta-feira (4) por conta da prisão em flagrante por porte de arma e munições, encontradas na fazenda onde o carro usado nos crimes também foi apreendido. O Andrade Neto converteu a prisão em flagrante para monitoramento, porém, como já havia mandado de prisão preventiva expedido pelos crimes de estupros, ele continuou preso e foi escoltado até o IPCG (Instituto Penal de Campo Grande).

Apesar de ficar em silêncio, segundo a delegada Elaine Benicasa, titular da Deam (Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher), o autor se reconheceu nas imagens de câmeras de segurança gravadas no momento em que atacava as vítimas. “Ele falava que estava armado, mas em nenhum dos crimes portava qualquer tipo de arma ou faca”, explicou. 

Quando foi preso, durante o caminho até a delegacia, José orava e rezava e demonstrou total tranquilidade.

“É uma retórica de estuprador. ‘Não consigo me segurar’ ou ‘Não sei o que aconteceu comigo’, são frases ditas pelos criminosos”, afirma a delegada. 

José havia sido condenado a 34 anos e com progressão de pena foi para o semiaberto após cumprir 9 anos (em 2017). Em 2021, ele foi para o regime aberto e atualmente estava em regime domiciliar. 

Ainda segundo a delegada, na tarde de terça-feira (3) mais uma vítima o reconheceu, uma adolescente, de 14 anos. Por ser menor, o caso foi encaminhado para a (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente).

“As vítimas o reconheceram, todas sensibilizadas. Foi chocante a reação de desespero e choro delas ao reverem ele”, relembrou Benincasa sobre o momento em que as vítimas ficam de frente com o autor para reconhecê-lo.

As investigações ainda continuam, pois há suspeita de que haja mais vítimas, já que o ‘Maníaco’ estava nas ruas há 2 anos.

Imagens de câmeras de segurança das ruas de Campo Grande mostram José Carlos perseguindo mulheres pelas ruas. Os estupros eram cometidos sempre pela manhã, quando as mulheres saíam para trabalhar. As vítimas eram escolhidas de forma aleatória.

Pai ajudou a encontrar Maníaco

O pai do ‘Maníaco do Parque das Nações Indígenas’, de 64 anos, que é policial militar aposentado há 15 anos, conversou com o Jornal Midiamax na manhã desta quarta-feira (4) e relembrou que encontrou com o filho no domingo (1º).

Ele disse que o filho foi até a sua chácara levar o carro que estaria com problemas no amortecedor e rolamento. José Carlos ainda foi questionado pelo pai se estava tudo bem, e recebeu como resposta que estava tudo bem.

“Ele não bebe, não fuma, não usa drogas. Só pode ser doença”, disse o idoso. Segundo o policial aposentado, foi ele quem deu dinheiro para o filho montar o lava a jato, comprou o carro. “Eu só quero esquecer tudo isso”, disse o policial.

O pai ainda relembrou tudo que fez para ajudar o filho, desde antes do crime em série. Ele pagou viagem para José e a nora na época, para irem para a trabalhar. O casal ficou no país por três anos, e José Carlos trabalhou na área da construção civil.

Com esta namorada, José Carlos tem uma filha de 13 anos. Quando voltou para o Brasil, o militar disse que não sabia que o filho tinha estuprado duas mulheres no país. Só ficou sabendo quando José Carlos foi preso em 2007.

Prisão em operação Incubus

Operação Incubus, deflagrada na manhã de terça-feira (3), em Campo Grande, pela Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), prendeu o ‘Maníaco do Parque das Nações Indígenas’. Ele havia estuprado mais de 10 mulheres, em 2007.

Segundo a delegada Elaine Benicasa, após ser solto há dois anos, o ‘Maníaco do Parque das Nações Indígenas’ voltou a atacar e estuprar mulheres na região Central da cidade. Ele foi preso em 2007 após estuprar mais de 10 mulheres. 

Outros mandados de prisão por violência doméstica estão sendo cumpridos em vários bairros da cidade. Não há informações de quantos agressores foram presos e como se deu a prisão do ‘Maníaco do Parque das Nações Indígenas’.

Na época da prisão de José Carlos Santana, ‘Maníaco do Parque das Nações Indígenas’, o local chegou a receber reforço policial. Uma operação foi realizada para a sua prisão. Ele estava sendo procurado pela polícia espanhola por estuprar duas meninas, e para não ser preso veio para o Brasil, vindo para Mato Grosso do Sul.

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