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Polícia

Marcada audiência de advogado ligado ao PCC preso em operação do Gaeco em Campo Grande

Serão ouvidas três testemunhas e mais um informante
Thatiana Melo -
Militar do Gaeco durante a Operação Courrier (Henrique Arakaki, Arquivo Midiamax)

Foi marcada a audiência de instrução para o caso do advogado Bruno Ghizzi, preso durante a deflagração da Operação Courrier feita pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), em março de 2022.

A audiência foi marcada para o dia 14 de dezembro deste ano, quando serão ouvidas três testemunhas e também um informante que seria o pai do advogado, Helkis Clark Ghizzi. A decisão foi publicada no Diário da Justiça desta quarta-feira (25).

Peça-chave das investigações da Força-Tarefa da Polícia Civil e do Gaeco sobre a Sintonia dos Gravatas do PCC, Bruno Ghizzi tinha fontes para conseguir dados sigilosos. 

Em setembro deste ano, a Justiça negou o pedido de liberdade de Bruno Ghizzi. Na época, o magistrado relatou que como o requerente é advogado, não havendo notícia de cancelamento ou ao menos de de sua licença, é feito o pedido de relatório de sua situação dentro do estabelecimento penal.

Após a suspeição do magistrado Márcio Alexandre Wust, no caso dos advogados presos durante a deflagração da Operação Courrier, a Justiça mandou retornar as ações para a Vara de origem. Na última fase da operação, um defensor público acabou preso.

Courrier e filho de defensor público

Peça-chave das investigações da Força-Tarefa da Polícia Civil e do Gaeco sobre a Sintonia dos Gravatas do PCC, Bruno Ghizzi tinha fontes para conseguir dados sigilosos. O advogado é filho do defensor público afastado de suas funções e depois preso, na última fase da operação. 

Com servidores da Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul e até funcionária de empresa de telefonia, ele obtinha informações privilegiadas que beneficiavam as ações em que atuava. Assessor jurídico na Defensoria em MS, citado em relatório do Gaeco, opinava a respeito de valores cobrados pelo escritório do advogado, para prestação de serviços, e inclusive elaborava documentos e procurações.

Ele também fazia consultas a cadastros públicos, como o CADSUS, sistema interno do local onde trabalha.

O servidor não era concursado e, segundo a de MS informou à reportagem, foi desligado logo após a Operação Courrier. A exoneração foi publicada oficialmente no dia 30 de março.

Conforme o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), Bruno também conseguia informações sigilosas de empresas de telefonia celular através de uma funcionária do setor administrativo, que conforme consultado em página pessoal, atua há mais de 10 anos no mesmo local.

Através dela, o filho do defensor público de MS conseguia números de telefone e cadastros de pessoas físicas.

Outro servidor da Defensoria Pública de MS apontado no relatório do Gaeco fazia consultas ao banco de dados do Detran (Departamento Estadual de Trânsito) para o investigado.

É esclarecido que o advogado, com “auxílio de terceiros, sistematicamente violaria o sigilo de dados de pessoas diversas, no Estado de , para atender interesses pessoais”.

O Midiamax também já noticiou que um policial penal auxiliava Bruno Ghizzi. Em uma das ações, o servidor público teria agido a favor do advogado e do cliente, que estava preso.

O policial penal teria articulado, em exame criminológico — de progressão de regime — a obtenção de um parecer favorável para livramento condicional do preso. Assim que conseguiu sair, o preso foi jantar e tomar um chopp com o policial penal e o advogado.

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