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Polícia

‘Mesmo mandante da morte de Paulo Magalhães é o de Matheus e vamos provar’, revela acusação

Delegado foi executado há 10 anos, a sangue-frio, na frente da escola da filha em Campo Grande
Anna Gomes, Thatiana Melo -
Promotor Douglas (Nathalia Alcântara, Midiamax)

Depois do promotor Moisés Casarotto falar no júri da manhã desta quarta-feira (19), foi a vez do promotor Douglas Oldegardo falar para o plenário e jurados, no julgamento de Jamil Name Filho, Vladenilson Olmedo e Marcelo Rios, sobre a morte de Matheus Coutinho, assassinado em abril de 2019, a tiros de fuzil.

Douglas cumprimentou a todos e passou a falar que o crime julgado hoje está entrelaçado com a morte do delegado Paulo Magalhães, em junho de 2013, no Bairro do Estado. “Se lá atrás não havia provas, hoje vamos provar que o mandante do crime de Magalhães é o mesmo de Matheus”, disse o promotor Douglas.

Ele ainda fala que voltou ao plenário cinco anos depois do júri de José Moreira Freires, apontado como um dos executores de Paulo Magalhães, para provar os crimes feitos por Name. “O lagarto come o próprio rabo”, disse o promotor, que ainda falou que os crimes ‘estão entrelaçados’. 

Logo após, Douglas passou a falar sobre o pivô do crime que seria cometido contra Paulo Xavier, a fazenda Figueira. Quando a família Name acredita que ‘PX’ havia trocado de lado e neste momento é arquitetado o assassinato do pai do estudante de direito, que acaba morrendo em seu lugar por erro dos pistoleiros.

Morte de Paulo Magalhães

O delegado Paulo Magalhães foi executado na frente da escola da filha em 25 de junho de 2013. Assim, os pistoleiros monitoraram o delegado desde a casa dele até a escola da filha, na Rua Alagoas, e lá decidiram fazer a execução. Além disso, foi apurado que o monitoramento teria iniciado às 7 horas e o crime aconteceu às 17 horas.

Naquele dia, o delegado aposentado estava em seu veículo, uma Land Rover, quando foi executado a tiros de pistola dados por ‘Zezinho’. Ele estava na garupa de uma moto, pilotada por Rafael Leonardo Santos. Enquanto isso, Antônio Benitez Cristaldo estaria escoltando os dois em um carro — ele acabou absolvido em julgamento.

Depois que os mandados de busca e apreensão e prisão foram expedidos para o trio, Rafael foi encontrado morto. Partes do corpo foram jogados próximo ao da Capital e ele ainda foi carbonizado e decapitado.

Ainda segundo a promotoria, Rafael seria o ‘elo mais fraco’ dos três e poderia contar quem seriam os mandantes do crime. Por isso, teria sido assassinado em uma queima de arquivo — o corpo só foi identificado através de exames de DNA.

Também foi levantada uma hipótese, extraoficial, de que o crime teria custado R$ 600 mil para que o delegado aposentado, que fazia denúncias em um site de notícias, fosse assassinado.

Julgamento de Zezinho

José Moreira disse no julgamento, em 15 de agosto de 2018, que fugiu com medo de ser ‘eliminado’. Além disso, Freires disse aos jurados que não sabia que a vítima era delegado aposentado e que achava que se tratava de um advogado.

Foragido desde a Operação Omertà, o ex-guarda civil municipal morreu no dia 14 de dezembro de 2020, em confronto com policiais da Deicor (Divisão Especializada em Investigação e Combate ao Crime Organizado), no Rio Grande do Norte.

Ele já era monitorado há uma semana e estaria no Estado para assassinar uma autoridade jurídica. A princípio, ele receberia R$ 200 mil para o crime.

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