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Polícia

‘Noite de terror’, dizem moradores após troca de tiros com PM que terminou com bandido morto

Suspeito estaria tentado jogar embalagem com 'porções de maconha' para dentro de presídio, no Jardim Noroeste
Ari Theodoro -
(Henrique Arakaki, Midiamax)

Na manhã desta quarta-feira (26), o Jornal Midiamax foi até a casa onde houve uma troca de tiros, entre o Batalhão de Choque e um homem que fugia da polícia, e que resultou na morte do suspeito, por volta de 1 h desta madrugada, no Noroeste. De acordo com os militares, dois homens foram vistos, numa motocicleta, em atitudes suspeitas, nas imediações do Presídio de Segurança Máxima e, ao avistarem a viatura, começaram a fugir.

De acordo com a Polícia, o ‘garupa’ que carregava uma embalagem de cor preta ‘contendo maconha’, desceu do veículo e fugiu em direção ao matagal, foi quando começaram as buscas. O suspeito, ainda segundo os policiais, não obedeceu ordens de parada e começou a pular muros de casas por ali, até invadir uma das residências, onde foi baleado.

“Foi uma noite de terror, ninguém conseguiu dormir até agora. As crianças estão traumatizadas”, disse o morador, que preferiu não se identificar. Pai de três filhos, de 3 a 7 anos, o homem autorizou a reportagem do Midiamax registrar o carro, modelo gol, onde o suspeito se ‘agachou’ e se escondeu. Foi neste momento, de acordo com o comandante do , Coronel Rocha, que o suspeito atirou contra os policiais, que revidaram.

Carro onde suspeito se escondeu e foi baleado pela polícia (Henrique Arakaki, Midiamax)

“Foram muitos tiros, não dá pra saber quantos, mas foi bastante. Tirando o pânico da nossa família, graças a Deus, ninguém foi baleado”, ressaltou o dono da casa. Ele informou que a Perícia esteve no local por volta das 2h e as cápsulas foram levadas.

A Polícia informou que o homem estava sem documentos e ainda não foi identificado, que foi levado ao do bairro Tiradentes, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. O outro suspeito, condutor da moto, continua foragido. Um revólver, calibre 32, foi apreendido. Na arma, havia as iniciais de uma facção criminosa – (PCC) Primeiro Comando da Capital. Mas, na entrevista coletiva nesta manhã, o comandante do Batalhão de Choque, disse que será investigado se os dois suspeitos realmente “teriam ou não ligação com a facção criminosa”.

No balanço apresentado pelo Coronel Rocha, somente nesta madrugada, os militares retiraram mais duas armas de circulação, somando assim 102 armas no total, que foram apreendidas neste ano.

O que dizem os moradores do Jardim Noroeste

Perto dali, encontramos uma mulher, que também não quis ser identificada. Ela disse que estava indo dormir quando ouviu os tiros, mas não soube dizer quantos foram. “A gente fica com medo porque não sabe de onde vem e nem pra onde vão os tiros. É muito perigoso pra gente que vive aqui”, falou a moradora.

Comandante do Batalhão de Choque, Coronel Rocha (Henrique Arakaki, Midiamax)

Ainda de acordo com a mesma moradora, no muro lateral do Presídio, alguns moradores vêm suspeitos tentando jogar coisas para dentro do Presídio. “Eles vêm pra cá pra jogar ‘pombos’ (maconha) pra dentro do Presídio e os policiais da guarita atiram. A gente não sabe se é tiro de verdade ou festim, mas, às vezes, atiram de noite e de dia também”.

Outro morador criticou situações como a registrada nesta madrugada, falando da insegurança. “Quando tem troca de tiros assim, a gente não sabe pra onde vão esses tiros. Pode sobrar uma bala perdida pra gente, pros nossos filhos, é perigoso”. Na opinião desse morador, o ideal seria um Posto da Polícia Militar no e não apenas rondas nas imediações do Presídio, quando há suspeitos agindo como aconteceu hoje, isso, na opinião dele, inibiria a ação dos marginais que tentam jogar drogas no Presídio.

Um aposentado, de 65 anos, que mora há cerca de 200 metros do Presídio, falou também que já ouviu tiros nas imediações, que, segundo ele, seriam dos policiais em direção a suspeitos, mas elogiou o trabalho da polícia. “Se não fossem eles (policiais), ficaria complicado pra gente que mora aqui no Noroeste”.

Outro que elogiou o trabalho da polícia foi um comerciante, que tem loja há mais de 20 anos, bem perto do Presídio. “Um bairro tranquilo pra gente, não temos problemas, principalmente durante o dia. Por aqui, é tão tranquilo que nem sabia desse tiroteio desta madrugada”, revelou o lojista, que também pediu pra não ser identificado.


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