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Polícia

Pai alega ser vítima de intolerância religiosa e entra com pedido para criança voltar ao lar

Advogado diz que homem professa fé na umbanda e nega que criança tenha sido usada em ritual proibido de 'magia'
Mirian Machado -
Foto: Henrique Arakaki/Midiamax

Denunciado por maus-tratos contra o filho de 8 anos, o pai, de 36 anos, nega o crime e alega estar sendo vítima de intolerância religiosa. Isso porque também foi acusado de usar o filho em rituais religiosos de ‘magia proibida’, segundo informações obtidas pelo Conselho Tutelar que abrigou a criança. O pai tem a guarda do filho desde 2021.

Wilton Acosta, do pai da criança, disse ao Jornal Midiamax que não houve maus-tratos e que, inclusive, a criança não apresenta qualquer marca ou hematoma. “A criança sequer foi submetida a exame de corpo delito”, afirmou.

O pai alega que aplicou alguns corretivos no filho, mas com moderação, para educar. “Mas nunca como habitualidade ou com excesso”, disse o advogado.

Sobre a acusação de envolver a criança em rituais, o advogado esclarece que o pai professa a fé na umbanda e que o filho participa normalmente dos cultos afros, sem que cause qualquer dano que caracterize maus-tratos. “O que está acontecendo é um típico caso de preconceito religioso e também racial”, explicou, acusando também o Conselho Tutelar por intolerância.

O menino foi retirado do pai por medida protetiva, que impede o homem de se aproximar e manter contato com o filho, mas o advogado disse que por não conter elementos suficientes para essa retirada foi feito o pedido de restituição do poder familiar da criança ao pai.

“Já entramos com pedido judicial de busca e apreensão do menor junto a vara da e juventude”, afirmou Acosta.

A delegada da DEPCA (Delegacia Especializada de à Criança e Adolescente), Anne Karine, disse que foi confirmado o crime de maus-tratos e que “Não havia qualquer envolvimento com rituais”.

Denúncia

A denúncia chegou até a DEPCA (Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente) no dia 10 deste mês, quando o Conselho Tutelar foi até a delegacia junto do pai e do menino para registrar a ocorrência. De acordo com informações, a criança é agredida com cinto de couro e os gritos podem ser ouvidos pelos vizinhos.

O menino disse em depoimento especial na delegacia que ajudava o pai e servia bebidas a ele durante os rituais. Ainda de acordo o registro policial, a madrasta tentava impedir as agressões com cinto no enteado, mas acabava punida e também recebia cintadas do marido. 

De acordo com a denúncia, o pai da criança seria uma pessoa bastante violenta e, além das agressões físicas contra a madrasta do menino, também havia agressões psicológicas. Na delegacia, o homem negou agredir o filho, como também a participação dele nos rituais. 

Foi feito pedido de medidas protetivas e o pai da criança está proibido de se aproximar do menino e de manter contato.

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