Pular para o conteúdo
Polícia

Quadrilha de travestis que roubava cartões de clientes na Vila Progresso é presa pela polícia

Autoras recusavam pagamento em dinheiro e fizeram até 'workshop do crime' com travesti de Santa Catarina
Fábio Oruê -
travesti
Quadrilha é do Amazonas (Foto: Divulgação, Derf)

A Derf (Delegacia Especializada em Repressão a Roubos e Furtos) prendeu quatro integrantes de uma organização criminosa formada, segundo a polícia, por travestis, na terça-feira (18), em .

A quadrilha abordava pessoas nas ruas – clientes ou não – e as obrigava a fornecer cartões de bancos para que elas pudessem realizar transferências e compras. Uma das vítimas registrou boletim de ocorrência, dizendo que o grupo teria entrado em seu carro e a ameaçado.

Eles exigiam seus cartões de crédito e faziam transações em maquininhas de cartão, realizando compras e transferências para determinadas contas bancárias. A polícia encontrou outros vários boletins de ocorrência com a mesma forma de agir da quadrilha.

De acordo com a polícia, as travestis, em tese, abordavam pessoas na rua e mediante violência ou ameaça, realizavam diversas transferências bancárias e compras com os cartões de crédito das vítimas, tendo como beneficiárias as mesmas contas bancárias e pessoas jurídicas.

Identificação

Pelas transações, a polícia identificou o CNPJ de um lava jato, que pertencia a um homem de 24 anos. Em consulta, a investigação constatou que o autor tinha utilizava um nome feminino nas redes sociais, ao lado no nome masculino.

Ainda durante as investigações, um novo boletim de ocorrência foi registrado na Derf, tendo a vítima relatado que três travestis o teriam ameaçado e pegado seu cartão bancário para realizar transferências, porém, como tais transferências não deram certo, as criminosas subtraíram seu aparelho celular, uma aliança e pulseira de ouro, além de R$ 250 em cédulas e demais objetos.

Diante de detalhes obtidos neste caso, foi possível identificar as demais envolvidas, apurando-se que todas as quatro residiam no mesmo local.

Perante a constatação do crime de associação criminosa, a equipe se deslocou até a residência das investigadas, capturando as quatro integrantes do grupo criminoso, sendo uma de 22 anos, duas de 27 e a quarta de 24, dona do lava jato. Nove maquininhas de cartão de crédito e diversos objetos identificados como produtos dos crimes de roubo cometidos pelas autoras, foram apreendidos.

travesti
Uma das integrantes criou pessoa jurídica para cometer os crimes (Foto: Divulgação, Derf)

Treinamento

Em interrogatório, todas as investigadas confessaram a prática dos crimes. Elas revelaram que passaram por um ‘treinamento’ com outra de Santa Catarina, que lhes ensinou o modo de agir para conseguir roubar os valores de clientes através das máquinas de cartão.

Inclusive, disseram recusar pagamento dos programas em , pois, assim, frustraria parte do esquema criminoso, em que era necessário o acesso ao cartão da pessoa, para retê-lo e realizar as transações financeiras. Ainda disseram ter passado por outros estados do Brasil e terem procedido da mesma forma, antes de chegarem à Capital sul-mato-grossense.

A travesti dona do lava jato informou que, a partir disso, criou uma pessoa jurídica com finalidade exclusiva de cometer crimes, solicitando máquinas de cartão de crédito vinculadas a tal empresa para receber os proventos dos roubos.

Confessou ainda que o modus operandi da quadrilha consistia em iniciar um programa sexual com o cliente e no momento do pagamento do serviço, enquanto a vítima estava em situação de vulnerabilidade, pedia para a mesma pagar no cartão de crédito, proferindo ameaças e assim subtraindo mais valores da vítima.

Segundo a Polícia Civil, as vítimas eram escolhidas por elas de forma aleatória, independente de serem clientes ou não. A maioria dos roubos ocorreu na Vila Progresso.

Alerta

Apurou-se ainda que a maioria das investigadas é soropositiva e possui ciência disso, entretanto realizavam alguns programas sem o uso de preservativo. Diante dessa constatação, a Polícia Civil alerta para que possíveis vítimas procurem o sistema de saúde para realização de exames, e caso seja necessário, procurem novamente a Derf para fornecerem mais informações, tendo em vista que as autoras podem ser responsabilizadas criminalmente também por este fato.

A operação foi um desdobramento de outra realizada em fevereiro deste ano, onde a Derf identificou três travestis que praticavam roubos em Campo Grande, sendo que duas delas foram presas. Ao todo, foram detidas seis travestis, todas do Amazonas, que vieram para o com o intuito de praticar crimes.

A Polícia não descarta a possibilidade da existência de outras vítimas e segue com as investigações para identificar a existência de outros membros do grupo.

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

Bebê de 11 meses morre na Santa Casa após se afogar em piscina de plástico

Thiago Silva faz de voleio no último lance e salva o Fluminense diante do Juventude

Gasolina comum registra diferença no preço de 9,56% a 14,87% em Campo Grande

Vitória ganha clássico do Bahia e fica a três pontos do Santos na luta contra o rebaixamento

Notícias mais lidas agora

Rombo de R$ 106 milhões no TCE-MS: STJ ‘enxuga’ ação para julgar Waldir Neves e Iran Coelho

treinadora volei supercopa

‘Momento de orgulho’: de Campo Grande, treinadora nacional de vôlei celebra Supercopa em sua cidade

Colégio Status realiza Prova de Bolsas e Aulão ENEM – Plano B

Leilão oferece lote único de 60 toneladas de restos de veículos em MS

Últimas Notícias

Cotidiano

Trabalhador rural perde a visão enquanto cortava lenha no Pantanal do Paiaguás

Aproximadamente 120 km via fluvial da área urbana de Corumbá

Mundo

Morre Ace Frehley, guitarrista fundador do Kiss, aos 74 anos

Quando a formação original do conjunto foi introduzida no Hall da Fama do Rock em 2014

Cotidiano

EMHA convoca suplentes selecionados para a Vila da Melhor Idade

Edital Informativo também tornou público a relação de pessoas desclassificadas do processo

Brasil

Quilombolas lançam NDC própria e cobram inclusão na política climática

Documento propõe que o Estado brasileiro reconheça os territórios quilombolas