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Polícia

Última testemunha do 1º dia, policial lembrou que Rios pediu proteção à família para contar crime

Esposa do réu estava sendo ameaçada e por isso ficou com os filhos por quatro dias na delegacia
Mirian Machado -
Trio durante primeiro dia de julgamento (Henrique Arakaki, Midiamax)

Quinta e última testemunha do primeiro dia de julgamento de Jamil Name Filho, Vladenilson Olmedo e pelo assassinato de Matheus, em abril de 2019, o investigador de policia Jean Carlos de Araújo Silva, lotado no Garras desde 2017, explicou mais sobre os fatos relacionados a Marcelo Rios, isso porque o réu ficou preso em uma das celas da delegacia.

Segundo Jean, Rios foi o primeiro a ser preso. ele estava saindo a casa de Jamil Name. “No desenrolar da prisão descobriram na casa comparativo com o armamento de guerra e casa estava no nome dos Name”, contou. Jean explicou que o Garras atua em casos de homicídio atípicos com modus operandi de uso de armamento de guerra, fuzil e veículos incinerados. Na época a população, imprensa, poder judiciário e poder executivo cobravam respostas sobre esses crimes então foi criada uma força tarefa com incumbência ao Garras.

“Incomum em , mais comum na fronteira”, explicou sobre esse tipo de execuções com forte armamento.

Enquanto estava custodiado no Garras, Rios chamou investigadores para conversar, disse que temia pela família e pelo o que o ‘patrão’ pudesse fazer. Disse que queria saber da saúde da família, pois não tinha notícias.

Em contato com delegados da força-tarefa, passaram em frente a casa de Rios. A esposa dele disse que queria falar com ele e que ela também iria colaborar com a investigação. Nisso a mulher foi levada à delegacia, onde contou que sofreu ameaças por parte do grupo dos guardas municipais, Antunes e Vlad.
Ela disse aos policiais que recebeu para ficar em silêncio porque o PAD (Processo Administrativo Disciplinar) contra o Rios seria arquivado e que se não colaborasse seria morta.

O investigação contou ainda que rios queria proteção para a esposa e os filhos, o que foi relatado aos delegados que veriam a possibilidade de inclusão da mulher e dos filhos no programa de proteção a testemunha. A esposa de Rios ficou cerca de quatro dias no Garras com os filhos. As crianças assistiam desenho em uma TV de 70 polegadas.

Guardas foram presos ameaçando a mulher, mas o caso faz parte de outro processo.

“Rios começou a falar ‘parcelado’ e a esposa também. Foi cedido o alojamento do Garras para a mulher e filhos porque estava com medo de ser morta”, contou em depoimento. Ainda conforme o que a mulher relatou aos policiais da delegacia, o crime contra PX que resultou na morte de Matheus, foi ordenado pelo Jamil Name Filho e o Marcelo Rios ficou responsável por contratar os executores. A ordem não era para contratar as mesmas pessoas de outros crimes e ela disse que não sabia porque o marido contratou as mesmas pessoas. Já Rios, disse que a ordem para matar PX foi do Name Pai e planejamento e organização de Vlad e que ele não fez nada.

Segundo Jean, toda vez que conversava com o Franzoloso, advogado, o Rios dava uma retraída. “Eu não vou falar nada vocês. Até agora não me garantiram programa de proteção a testemunha e vocês estão me enrolando”, dizia aos policiais. “Eram muitas exigências para fazer depoimento”, disse.

Depois, Rios pediu para ir para o presídio e a esposa orientada pelo advogado a ir embora, pois iriam cuidar dela. “Eu sei muita coisa, mas tenho medo de morrer” disse Rios pedindo a garantia de colaboração premiada e Programa de proteção a testemunha, pois achava que estava sendo ‘enrolado’.

O investigador explicou que não participou das diligências sobre Vlad. Explicou que Vlad era mais antigo e mais ligado ao Name pai, já Rios era mais novo e ligado ao Name filho.

Explicou ainda que a mulher disse depois que foi pressionada a falar. “A gente ficou bem chateado porque fizemos tudo limpo tiramos do nosso bolso para comprar as coisas para os filhos dela”.

O depoimento de Jean encerrou por volta das 18h20. Foram ouvidos no total do 1º dia, cinco testemunhas sendo elas a delegada Daniela Kades, pela manhã. Já a tarde presaram depoimentos os delegados Macedo e Carlos Delano. Depois foi ouvido Paulo Xavier, pai de Matheus e o investigador da Polícia Civil, Jean Carlos de Araújo e Silva, que participou Operação Omertà.

Execução de Matheus

O crime aconteceu na Rua Antônio Vendas, no Jardim Bela Vista, no dia 9 de abril de 2019. O relato é de que o crime teria ocorrido mediante orientações repassadas por Vlade e Marcelo Rios, a mando de Jamil Name e Jamil Name Filho.

Naquela noite, vários tiros de fuzil AK-47 foram feitos contra Matheus. No entanto, os criminosos acreditavam que dentro da caminhonete estava o pai do jovem, que seria o verdadeiro alvo dos acusados.

Também segundo as investigações, o grupo integrava organização criminosa, com tarefas divididas em núcleos. Então, para o MPMS, Jamil e Jamil Filho constituíam o núcleo de liderança, enquanto Vlade e Marcelo Rios eram homens de confiança, ‘gerentes’ do grupo.

Já Zezinho e Juanil seriam executores, responsáveis pela execução de pessoas a mando das lideranças. Assim, meses depois, os acusados acabaram detidos na Operação Omertà, realizada pelo Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Bancos, Assaltos e Sequestros) e pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial Especial e Combate do Crime Organizado).

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