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Polícia

VÍDEO: Defesa exibe pegadinha em júri e tenta alegar que Wesner morreu durante brincadeira

Advogados afirmam que não houve intenção na morte e que denúncia foi irresponsável
Renata Portela, Ana Oshiro -

“Dois idiotas, isso eles são, infelizes por brincarem da forma como ocorreu”, disse advogado durante o julgamento sobre a morte de Wesner Moreira, de 17 anos. O júri acontece nesta quinta-feira (30).

Atuam na defesa dos réus Willian Enrique Larrea e Thiago Giovanni Demarco Sena os advogados Filho, Francisco Martins Guedes Neto e Abdala Maksoud Neto. Ricardo disse aos jurados que a própria acusação teria chamado o caso de complexo e controverso.

Assim, alegou que, na dúvida, os réus devem ser absolvidos. Além disso, que não deveria ser considerada a qualificadora de dificultar a defesa da vítima, já que os réus socorreram Wesner após o ocorrido.

Também conforme o advogado, as testemunhas de acusação seriam “informantes de ouvi dizer”. Para os advogados, a única testemunha foi Gabriel, que estava no local no dia do crime. Ele disse que Willian e Wesner estavam brincando.

A princípio, Wesner acionou a pistola de ar no vão da porta do banheiro que Willian usava. Wesner saiu correndo e Willian foi atrás, pegou Wesner e o colocou no ombro.

Assim, levou o adolescente até a bomba de ar e Thiago acionou a pistola. Mesmo assim a alegação é de que a mangueira não chegou a tocar ou ser introduzida em Wesner, mas sim colocada por cima da roupa do jovem.

‘Dois idiotas’

Já o advogado Francisco Guedes afirmou que a denúncia é cruel, irresponsável e “cheia de achismos”. “Dois idiotas, isso eles são, infelizes por brincarem da forma como ocorreu, mesmo sem ter consciência do que podia gerar. Mas monstros? Assassinos cruéis?”, disse.

O advogado ainda afirmou que isso poderia ter acontecido com qualquer um. Ele ainda enfatizou que tudo não passou de uma brincadeira. “Brincadeiras idiotas acontecem sempre”, reafirmou.

Além disso, o advogado chegou a exibir vídeos de ‘pegadinhas’, para exemplificar o que seria considerado uma brincadeira. “Foi uma brincadeira. Mas houve introdução da mangueira? Não houve. Isso foi invencionismo do Ministério Público e da imprensa”, finalizou.

Júri acontece 6 anos após o crime

“Meu luto, virou luta”, disse a de Wesner antes de entrar no plenário. Ela ainda revelou que não conseguiu dormir e passou a noite acordada a base de chás e orando muito.

Marisilva contou que o coração dela ficou na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do hospital, junto do filho. Ela fala da alegria do julgamento ter sido marcado, já que os autores achavam que nada ia acontecer.

A o Midiamax, a mãe de Wesner ainda disse que na época os autores alegaram que era uma ‘brincadeira’, mas segundo ela, então, deveriam ter feito entre eles. Ela lembra da brutalidade do caso, “tiraram o sonho dele de servir o quartel e o meu de ter netos”.

Wesner faria 24 anos no próximo dia 7 de junho. A mãe do rapaz também contou que o filho só ficou vivo até revelar o que tinha acontecido para ela, morrendo dias depois. O irmão de Wesner, Luciano Gonçalves, de 26 anos, falou estar muito ansioso e emocionado e que acredita que tudo vai dar certo.

Morte de Wesner

O crime aconteceu no dia 3 de fevereiro de 2017. Na noite do dia 2, Wesner afirmou para a mãe que pegaria carona com Thiago, um dos acusados pelo crime. “Ele falou, mãe me acorda bem cedo que o Thiago vai vir me buscar para ir ao serviço”.

“No outro dia, quando o Thiago estava batendo na porta, senti até uma coisa ruim, mas meu filho foi”, conta Marisilva. Segundo a peça acusatória, na data de 3 de fevereiro de 2017, por volta das 10 horas, no Lava Jato, localizado na Avenida Interlagos, na Vila Morumbi, a dupla introduziu uma mangueira de ar no ânus de Wesner, causando-lhe ferimentos e em seguida sua morte.

Wesner teria pedido para Willian que comprasse um refrigerante e o mesmo questionou: “De novo? Agora toda hora Coca-Cola!”, e passou a bater na vítima com um pano utilizado para limpar carros, em tom de brincadeira.

Ainda conforme o processo, Wesner pediu para que ele parasse, mas não foi atendido. Em certo momento se afastou, mas foi imobilizado por Willian que o levou até Thiago, que por sua vez, com a mangueira de compressor de ar, retirou a bermuda e cueca da vítima e introduziu o equipamento em Wesner.

Imediatamente o adolescente começou a passar mal e vomitou, sendo levado ao Centro Regional de Saúde do e, posteriormente, ao Hospital Santa Casa, onde permaneceu internado até dia 14, quando morreu. O laudo apontou que o óbito foi causado por ruptura do esôfago e choque hipovolêmico por hemorragia torácica aguda maciça.

Quando a mãe ficou sabendo, o filho já estava no hospital. “Estava muito inchado, irreconhecível”, relata. “Fiquei esperando ele melhorar, quando um dia me contou o que aconteceu. Falou que eles sempre faziam esse tipo de brincadeira com ele e, na última vez, um deles laçou ele com pano molhado e o outro colocou a mangueira”, lembra a mãe.

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