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Polícia

Carro de homem que mentiu sobre sequestro teria sido negociado com traficantes e levado para a Bolívia

Após ser confrontado pela polícia, homem confessou que mentiu e, por isso, será autuado por falsa comunicação de crime
Lívia Bezerra -
(Reprodução, Polícia Civil)

O carro do homem, de 38 anos, que mentiu sobre sequestro no Jardim Nhánhá, em Campo Grande, no último , teria sido negociado com traficantes e levado para a na segunda-feira (22) antes do crime ser comunicado as autoridades policiais. 

O homem denunciou ter sido sequestrado por uma garota de programa e ter o carro roubado. Porém, após policiais civis da Defurv (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Furtos e Roubos de Veículos) iniciarem as investigações e confrontar o homem, ele confessou ter mentido. 

Conforme o delegado Caio Macedo, da , as investigações começaram no dia seguinte ao fato comunicado a polícia. Durante depoimento na delegacia, o homem apresentou contradições e foi confrontado, momento em que confessou ter mentido e que passou o fim de semana no local consumindo drogas e se relacionando com garotas de programa.

Ele alegou ainda que teria emprestado o carro para uma das garotas, que desapareceu com o veículo. Contudo, a investigação aponta que o carro teria sido levado para a Bolívia ainda na segunda-feira, antes da vítima comunicar a polícia, já que o boletim de ocorrência foi registrado na terça (23).

“Nesse mesmo dia, a vítima teria escapado do cativeiro. Isso sugere que a vítima teria negociado de forma espontânea o seu veículo junto aos traficantes, o que é muito comum em caso de usuários de entorpecentes”, afirma o delegado.

Diante dos fatos, o homem foi autuado na quinta-feira (25) por falsa comunicação de crime, podendo pegar até 6 meses de prisão. A garota de programa, já identificada, está foragida.

O delegado ainda ressalta que casos como esse são comuns nas delegacias de Mato Grosso do Sul, onde usuários de drogas relatam terem sido vítimas de roubo e até mesmo sequestro. No entanto, as autoridades deixam de priorizar outros casos reais para investigar uma falsa comunicação de crime.  

“Com isso, vítimas de crimes reais deixam de ser atendidas ou até podem ter o seu atendimento prejudicado, gerando consequências gravíssimas para a sociedade. Por esse motivo que a conduta de comunicar, provocar a ação de autoridade noticiando um crime que sabe não ter acontecido é tipificada como crime no código penal, tendo pena de até 6 meses de prisão”, conclui.

Relembre o falso sequestro

Segundo a polícia, o homem disse que na madrugada de sábado (20) que contratou uma garota de programa no Nhanhá e foi com ela até uma casa da região.

Lá, após usarem drogas, ele emprestou o seu carro para a mulher buscar uma amiga para se juntar ao programa. Horas depois a mulher voltou sem o carro, alegando que ele teria sido roubado. 

Ao tentar sair da casa, disse que foi impedido por alguns homens armados com faca, tendo permanecido sob cárcere e ameaça até a manhã de segunda-feira (22), quando conseguiu fugir, porém, avisou a polícia só no dia seguinte.

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