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Polícia

Monitorado há 2 anos, suspeito de tráfico e lavagem de dinheiro continuará com tornozeleira

Defesa diz que investigado é monitorado há mais de 2 anos e alvo de ‘constrangimento desnecessário’; PF apura movimentações que somam R$ 21 milhões
Humberto Marques -
Decisão contra suspeito monitorado na Camarim partiu da 5ª Vara Federal (Jornal Midiamax, Arquivo)
Decisão contra suspeito monitorado na Camarim partiu da 5ª Vara Federal (Jornal Midiamax, Arquivo)

Decisão da 5ª Vara Federal de Campo Grande negou recurso a um investigado por participar de crimes como tráfico de drogas e lavagem de . Decisão divulgada nesta sexta-feira (9) no Diário de Justiça Federal descartou o fim do monitoramento por tornozeleira eletrônica, que perduraria há mais de 2 anos como resultado da Operação Camarim, da Polícia Federal.

Requisitou-se a revogação da cautelar de monitoramento eletrônico, “essencialmente sob o argumento de que a medida perdura há mais de dois anos e causa ao requerente constrangimento desnecessário”, destaca a decisão, ao reproduzir pedido dos advogados. Também apresentou-se alegação de não haver motivos para a da medida. Já o MPF (Ministério Público Federal) foi contra o pedido.

A cautelar contestada teve prorrogação pela última vez em 23 de novembro de 2023. Naquela ocasião, já se apontava que o réu tem condenação por crime contra o Sistema Financeiro Nacional, posse ilegal de arma de fogo e tráfico. Outro denunciado responde a 4 ações por tráfico de drogas em Minas Gerais – estando preso.

Monitorado, suspeito foi alvo do Coaf

O magistrado rememora que a investigação começou após o Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) apontar que o réu monitorado e sua empresa praticaram movimentações bancárias atípicas. Um dos principais depositantes de valores seria o investigado preso em Minas.

Entre 2014 e 2020, conforme cita a ação, o suspeito monitorado teria movimentado em 3 contas pessoais o total de R$ 4.148.186,16. Já a conta da empresa registrou movimentação de R$ 11.465.087,21. Esta, com um capital social de R$ 30 mil e focada no comércio varejista de vestuário e acessórios, seria de fato uma pequena empresa na fronteira entre Brasil e Bolívia, em .

Os dois investigados foram relacionados devido a um depósito de R$ 250 mil da empresa do réu preso em Minas Gerais, localizada em Leopoldina (MG), para a conta do reclamante monitorado eletronicamente. Por fim, a empresa deste não expediu nota fiscal em favor do outro ou da empresa em que figura como sócio.

“Logo, não se verificou alguma contrapartida que justificasse a remessa de R$ 250.000,00 em espécie”, pontua a decisão. Esta ainda frisa que o investigado em MS pode usar um “interposto” para gerenciar empresa. Isso porque seu irmão também apresentou movimentações suspeitas, figurando como dono de outra organização.

Camarim

Por fim, mesmo depois de o investigado dar baixa de sua empresa, em 11 de junho de 2016, continuou fazendo movimentações na conta dela. “Vê-se, portanto, que há elementos suficientes nos autos da prática do crime de lavagem de capitais, dentre outros eventuais crimes, por parte dos investigados”.

Ao negar a retirada do monitoramento, ele destacou que o investigado exerce atividades principalmente em Corumbá, na fronteira entre Brasil e Bolívia. “Logo, a imposição de monitoramento eletrônico tornará possível um controle mínimo sobre as ações dele, inclusive, evitando, em princípio, eventual para o exterior, bem como tal medida também visa garantir a ordem pública, a aplicação da lei penal e a instrução criminal”.

Além do monitoramento, o suspeito está proibido de deixar Corumbá.

A investigação em questão teve operação deflagrada em 24 de junho de 2021 em Corumbá e Leopoldina, com três prisões. Naquele momento, a suspeita era de que o trio havia movimentado R$ 21 milhões com tráfico de drogas e lavagem de dinheiro entre 2014 e 2021, “destoando da real capacidade financeira dos envolvidos”.

Na Operação Camarim, duas prisões ocorreram em Corumbá e outra na cidade mineira. Foram apreendidos dinheiro e mídias digitais.

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