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Polícia

Denúncia anônima leva à arma usada para matar adolescentes por engano em Campo Grande

Morte de adolescentes, por engano, aconteceu em mio a guerra do tráfico de drogas
Thatiana Melo -
(Divulgação PM)

A suposta arma usada no atentado que acabou na morte dos adolescentes Aysla Carolina de Oliveira Neitzke e Silas Ortiz, ambos de 13 anos, no dia 3 deste mês, em uma guerra do tráfico entre grupos rivais no bairro das Hortênsias, foi localizada por equipes do Batalhão de Choque.

Segundo informações, uma pessoa fez uma denúncia anônima, em que o homem falou que havia comprado a arma de um rapaz chamado Vitor, e que havia comprado a pistola para se proteger. Ele abandonou a pistola no pé de uma placa sinalizadora, fixada entre uma loja e um quebra-molas existente na via. 

A arma estaria envolvida por um pano e guarnecida no interior de uma sacola plástica preta. A pistola foi apreendida e encaminhada para a delegacia. 

Os adolescentes estavam tomando tereré em frente de uma casa quando Pedro Henrique passou a ser perseguido pela dupla, Nicollas e João Vitor, que fizeram vários disparos acertando os adolescentes. As ordens do atentado saíram de dentro da Máxima.

Foram decretadas as prisões de Rafael Mendes de Souza, conhecido como Jacaré, Nicollas Inácio Souza da Silva, que seria ‘moleque’ de Kleverton Bibiano Apolinário, conhecido como ‘Pato Donald’, e o motorista de aplicativo Georges Edilton Dantas Gomes, que deu fuga a dupla.

Conversa pelo WhatsApp de dentro do presídio

Com acesso à comunicação garantida, os detentos do Presídio de Segurança Máxima de mantêm verdadeiro ‘serviço de contrainteligência’ para monitorar em tempo real investigações em andamento e orientar comparsas do lado de fora.

É o que mostram mensagens flagradas durante a busca pelos traficantes que executaram por engano duas crianças de 13 anos de idade no bairro Jardim das Hortênsias, em Campo Grande, no último dia 3.

No flagrante, o preso Kleverton Bibiano Apolinário, custodiado pela Agepen (Agência Estadual de Administração Penitenciária), e conhecido como ‘Pato Donald’, usa smartphone e aplicativos de comunicação instantânea nos aposentos da Máxima.

Nas mensagens, o detento orienta Nicollas Inácio Souza da Silva sobre como ‘escapar’ de ser preso pelo crime. ‘Pato Donald’ é apontado como um dos chefes do narcotráfico na região das Moreninhas, e estaria expandido as atividades para os bairros Aero Rancho e Jardim das Hortênsias.

Assim, como ‘dano colateral’ da disputa por território, mandou Nicollas matar outro traficante por dívida de droga. Foi quando os adolescentes Aysla Carolina de Oliveira Neitzke e Silas Ortiz, ambos de 13 anos, foram assassinados sem ter nada a ver com o rolo dos bandidos. O alvo seria Pedro Henrique Silva Rodrigues, de um grupo rival de ‘Pato Donald’.

Na troca de mensagens rastreadas pelos policiais do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros) foi descoberto que logo depois do crime, ‘Pato Donald’ manda mensagem para Nicollas.

“Mina, vamos mocar essa arma. Vou mandar recolher ela de você. Tira de perto de você”, orienta uma das mensagens de ‘Pato Donald’.

Na mensagem enviada por Nicollas ao detento dizia: “Aqui ninguém vem, para casa que não vou. No cel do Jacaré tem o número da minha casa e eles podem ir lá”, falava.

As mensagens ainda traziam tratativas de como Nicollas poderia fugir para não ser preso pelo crime.

“Vou mandar dinheiro, fica de boa, eu coloquei você nessa. Você é meu filho”, dizia ‘Pato Donald’ a Nicollas. O ‘moleque’ era tratado como filho por Kleverton, que havia confiado seus negócios ilícitos nas ruas da Capital.

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