A defesa do ex-delegado-geral da PCMS (Polícia Civil de Mato Grosso do Sul) Adriano Garcia Geraldo se manifestou neste domingo (5) após a absolvição do cliente em terceira instância. O ex-delegado-geral foi absolvido de forma definitiva por ter perseguido uma jovem, após uma briga de trânsito, e atirado contra o carro da garota, em Campo Grande, no ano de 2022.
Conforme nota assinada pelos advogados Ronaldo Franco e Lucas Rosa, que representam a defesa de Adriano, a absolvição transitou em julgado no último dia 29. “Adriano é mesmo homem de bem; merece a paz dos justos. Foi absolvido em todas as instâncias da Justiça; em todas: 1º, 2º e 3º graus”, defenderam os advogados.
Anteriormente, o TJMS, ao confirmar a sentença de 1º grau, já havia reconhecido que Adriano agiu de maneira técnica e realizou uma abordagem policial no exercício de dever legal.
Os advogados mencionaram também que a conduta da jovem naquele 16 de fevereiro de 2022 colocava em risco a segurança do policial e de terceiros. “Essa foi a conclu-são da Justiça. Já havia sido a conclusão do inquérito policial”, afirmam.
Por fim, a defesa complementou: “A defesa sempre alertou que a acusação era absurda. Agora, pela 3ª vez, foi sepultada. Justiça feita, mas a dor e o sacrifício de Adriano não serão reparados”.
Absolvição em 3ª instância
Adriano já havia sido absolvido em primeira instância em dezembro de 2024, mas, agora, a absolvição foi declarada em terceira instância, o que significa que, após a decisão do STJ (Superior Tribunal de Justiça), o processo foi encerrado a favor do réu, que foi considerado inocente das acusações.
A absolvição em terceira instância é uma decisão definitiva, que preserva os direitos do absolvido e pode permitir um pedido de indenização ao Estado se a acusação foi infundada.
Assinada pelo relator Carlos Cini Marchionatti, a decisão final transitou em julgado no dia 29 de setembro de 2025, após recurso interposto pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul.
Relembre o caso
A briga de trânsito, que acabou em perseguição na Avenida Afonso Pena, em Campo Grande, ocorreu no dia 16 de fevereiro de 2022. Na época, isso foi o estopim para a exoneração de Adriano do cargo público que exercia na época, de delegado-geral da Polícia Civil.
Em setembro de 2023, o ex-delegado-geral havia sido denunciado pelo MPMS (Ministério Público Estadual) após dar tiros contra o carro da jovem de 24 anos. Os crimes envolviam abuso de autoridade, disparos de arma de fogo por três vezes em lugar habitado, desviar bem móvel público em proveito próprio ao usar viatura oficial descaracterizada, destruir e inutilizar com violência à pessoa e com grave ameaça a coisa alheia, além de perseguir alguém ameaçando-lhe a integridade física ou psicológica.

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