A Polícia Civil, por meio da Decon (Delegacia Especializada em Repressão aos Crimes contra as Relações de Consumo), investiga um instituto de cura espiritual, após pedido do MPMS (Ministério Público Estadual) sobre métodos usados no local. A batida aconteceu na última quarta-feira (10), junto da Vigilância Sanitária.
No local, Instituto Xamânico Oficina da Consciência, no bairro Chácara das Mansões, os policiais encontraram sete pessoas internadas, sendo seis homens e uma mulher.
Conforme informações, os internos estavam no instituto de forma particular e não havia indícios de que seriam mantidos em cárcere privado. No instituto havia também encontros religiosos todas as quartas-feiras e todo segundo sábado do mês, onde é realizada ‘cura espiritual’.
O ritual seria pago, e com direito a uma porção do chá de ayahuasca – que é uma bebida psicoativa derivada de plantas, bem como a utilização de um pó denominado de rapé.
Do instituto, os policiais apreenderam produtos utilizados na prática religiosa espiritual para exames laboratoriais para identificação dos produtos utilizados.
O Jornal Midiamax entrou em contato com um dos responsáveis pelo instituto, e em resposta foi dito que, “O instituto presta serviço de acolhimento particular com algumas vagas sociais. Realizamos trabalhamos xamânicos com a finalidade de auxiliar no processo de cura daqueles que nos procuram por livre e espontânea vontade. Fomos sinalizados pela equipe da Vigilância e estamos providenciando todos os ajustes necessários para continuar com nosso trabalho, inclusive, estamos aptos para continuar.”, disse Rogério Fernandes, terapeuta xamânico.
Batida na Fazendinha
Em março deste ano, a Decon fez batida no retiro espiritual do Espaço Terapêutico Fazendinha, onde havia denúncias de que pacientes eram mantidos em cárcere privado. Durante a fiscalização, os agentes da Vigilância Sanitária constataram que não havia armário para guardar os medicamentos dos pacientes de forma adequada. Também não havia responsável técnico ou segurança no local.
Depois, os agentes encontraram um paciente que se identificou como policial e começaram a fazer entrevistas com outros que ali estavam. Após a chegada das equipes, diversos pacientes teriam manifestado vontade de ir embora, mas alegaram que não iriam por serem impedidos por monitores.
(Matéria editada às 11h06 para acréscimo de posicionamento do Instituto)
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(Revisão: Bianca Iglesias)