Uma briga por uma aparelho celular que continha fotos antecedeu a morte Solene Aparecida Ferreira Corrêa, assassinada pela companheira, em Três Lagoas, a 323 quilômetros de Campo Grande. A vítima, de 46 anos, foi morta asfixiada pela companheira, que foi presa na tarde desta terça-feira (21).
À polícia, a suspeita disse que chegou do trabalho nessa terça (21), quando a vítima estava em sua casa e pegou seu aparelho celular. Na ocasião, Solene teria encontrado fotos da suspeita com outra mulher e as duas iniciaram uma briga.
Conforme apurado pelo Jornal Midiamax, Solene pegou uma faca durante a briga e teria partido para cima da companheira. A suspeita alegou que segurou a vítima pelo pescoço para contê-la, mas quando soltou percebeu que a mesma já estava sem vida.
Ainda durante o depoimento da suspeita na delegacia, ela teria revelado que tinha uma medida protetiva em seu desfavor, pois estava proibida de se aproximar da vítima.
Segundo ela, há aproximadamente um mês, Solene teria ido até sua casa, onde permaneceu até essa terça-feira (21). A suspeita alegou também que já havia procurado o sistema penitenciário para informar a presença da vítima em seu imóvel.
Vizinhos ouviram gritos e pedidos de socorro
Na tarde dessa terça-feira (21), os vizinhos ouviram gritos e pedidos de socorro no Jardim Imperial, em Três Lagoas, e a PM (Polícia Militar) foi acionada para o local.
Ao chegarem no local, os policiais encontraram a suspeita informando que queria se entregar, pois havia matado Solene. Então, os militares adentraram a residência e encontraram a vítima caída ao chão sem os sinais vitais.
Diante da situação, o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) foi acionado para constatar o óbito, bem como a Polícia Civil e a Perícia para os levantamentos no local. A suspeita foi presa e encaminhada para a DAM (Delegacia de Atendimento à Mulher) e o corpo da vítima levado ao Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal) para exame necroscópico.
Lista de feminicídios em MS em 2025:
- Karina Corim (Caarapó) – 4 de fevereiro
- Vanessa Ricarte (Campo Grande) – 12 de fevereiro
- Juliana Domingues (Dourados) – 18 de fevereiro
- Mirielle dos Santos (Água Clara) – 22 de fevereiro
- Emiliana Mendes (Juti) – 24 de fevereiro
- Gisele Cristina Oliskowiski (Campo Grande) – 1º de março
- Alessandra da Silva Arruda (Nioaque) – 29 de março
- Ivone Barbosa (Sidrolândia) – 17 abril
- Thácia Paula (Cassilândia) – 11 de maio
- Simone da Silva (Itaquiraí) – 14 de maio
- Olizandra Vera Cano (Coronel Sapucaí) – 23 de maio
- Graciane de Sousa Silva (Angélica) – 25 de maio
- Vanessa Eugênio Medeiros (Campo Grande) – 28 de maio
- Sophie Eugenia Borges, filha de Vanessa Eugênio Medeiros (Campo Grande) – 28 de maio
- Eliana Guanes (Corumbá) – 6 de junho
- Doralice da Silva (Maracaju) – 20 de junho
- Rose (Costa Rica) – 27 de junho
- Michely Rios Midon Orue (Glória de Dourados) – 3 de julho
- Juliete Vieira – (Naviraí) – 25 de julho
- Cinira de Brito (Ribas do Rio Pardo) – 31 de julho
- Salvadora Pereira (Corumbá) – 02 de agosto
- Letícia Ananias de Jesus (Cassilândia) – 8 de agosto
- Dahiana Ferreira Bobadilla (Assassinada no Paraguai, mas encontrada em Bela Vista) — 8 de agosto
- Érica Regina Mota (Bataguassu) – 27 de agosto
- Dayane Garcia (Nova Alvorada do Sul) – 3 de setembro
- Iracema Rosa da Silva (Dois Irmãos do Buriti) – 8 de setembro
- Ana Taniely Gonzaga de Lima – 13 de setembro
- Gisele da Silva Cylis Saochine (Campo Grande) – 2 de outubro
- Erivelte Barbosa Lima de Souza (Paranaíba) – 10 de outubro
- Andrea Ferreira (Bandeirantes) – 12 de outubro
- Solene Aparecida Corrêa (Três Lagoas) – 21 de outubro
📍 Onde buscar ajuda em MS
Em Campo Grande, a Casa da Mulher Brasileira está localizada na Rua Brasília, s/n, no Jardim Imá, 24 horas por dia, inclusive aos fins de semana.
Além da Deam, funcionam na Casa da Mulher Brasileira a Defensoria Pública; o Ministério Público; a Vara Judicial de Medidas Protetivas; atendimento social e psicológico; alojamento; espaço de cuidado das crianças – brinquedoteca; Patrulha Maria da Penha; e Guarda Municipal. É possível ligar para 153.
☎️ Existem ainda dois números para contato: 180, que garante o anonimato de quem liga, e o 190. Importante lembrar que a Central de Atendimento à Mulher – 180 é um canal de atendimento telefônico, com foco no acolhimento, na orientação e no encaminhamento para os diversos serviços da rede de enfrentamento à violência contra as mulheres em todo o Brasil, mas não serve para emergências.
As ligações para o número 180 podem ser feitas por telefone móvel ou fixo, particular ou público. O serviço funciona 24 horas por dia, 7 dias por semana, inclusive durante os fins de semana e feriados, já que a violência contra a mulher é um problema sério no Brasil.
Já no Promuse, o número de telefone para ligações e mensagens via WhatsApp é o (67) 99180-0542.
📍 Confira a localização das DAMs, no interior, clicando aqui. Elas estão localizadas nos municípios de Aquidauana, Bataguassu, Corumbá, Coxim, Dourados, Fátima do Sul, Jardim, Naviraí, Nova Andradina, Paranaíba, Ponta Porã e Três Lagoas.
⚠️ Quando a Polícia Civil atua com deszelo, má vontade ou comete erros, é possível denunciar diretamente na Corregedoria da Polícia Civil de MS pelo telefone: (67) 3314-1896 ou no GACEP (Grupo de Atuação Especial de Controle Externo da Atividade Policial), do MPMS, pelos telefones (67) 3316-2836, (67) 3316-2837 e (67) 9321-3931.