‘Em choque’, disse o filho do suspeito de ter estuprado cerca de três crianças na região da Vila Nasser, em Campo Grande. Ao Midiamax, na tarde desta quarta-feira (17), o rapaz, de 19 anos, afirmou que não sabia das supostas denúncias contra o próprio pai.
Na noite anterior, o suspeito teve a casa incendiada, uma vez que moradores da comunidade se revoltaram com as denúncias e resolveram atear fogo no local. Com a ação, a casa ficou destruída.
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Durante a tarde, o filho do acusado esteve no local para arrumar a bagunça que ficou após a noite caótica. Assim, disse que ficou em choque com a notícia envolvendo o próprio pai e afirmou estar abalado com toda a situação.
“Eu fiquei tão em choque, de um jeito que nem sabia que eu ficava. Nem sabia se eu ficava do lado dele, se eu ficava do lado da população também. É um choque de realidade. É uma coisa que abala a gente”, disse o rapaz.
Durante a entrevista, o filho disse que nunca suspeitou das atitudes do pai. “Nunca suspeitei. Nunca achava que ele poderia ter feito uma ‘fita’ dessa. Que, se for comprovado mesmo, até eu vou me afastar. Porque é uma coisa muito feia se for comprovado”, finalizou.
Professoras alertaram
Em um dos casos, os professores teriam desconfiado do comportamento de uma das meninas. Ao Midiamax, a mãe da vítima contou que foi chamada na escola e teve a desconfiança relatada por uma professora.
Ao questionar a filha, uma menina de 6 anos, a criança contou que o homem a beijava na boca e passava as mãos em seu corpo.
Quando a criança revelou o nome do abusador, começou a chorar. Ainda segundo informações, há suspeita de que outros dois meninos, além das três meninas, tenham sido abusados.
Casa incendiada
Revoltados com as denúncias de abusos, os moradores atearam fogo na residência, gritando por Justiça, na noite de terça-feira (16). Também foi relatado pela mãe de uma menina de 6 anos que a esposa do possível autor tentou conversar, argumentando que passar a mão e dar beijos não era abuso e que ela deveria provar as acusações feitas.
A casa foi totalmente destruída pelas chamas e depredada. Com a Polícia Militar no local, o homem apareceu junto da esposa e se indignou com a situação. Ele negou os crimes para os policiais.
A polícia lançou gás lacrimogênio para dispersar a população. A informação é de que o acusado também foi à delegacia, onde fez um boletim de ocorrência contra as acusações e o ocorrido.
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(Revisão: Dáfini Lisboa)
